Acordei
perturbado. Eu mal havia aberto os olhos e minha mãe entrou no meu quarto com
uma xícara de café quente e começou a reclamar das blasfêmias que havia lido no
me meu livro. Estava um pouco frustrado por não ter conseguido ir viajar aquele
final de semana.
Olhei
para fora e o clima nublado não me inspirava nem um pouco a deixar o meu
quarto. Resolvi tomar coragem e deixar a moleza de lado, antes que mais uma vez
ela conseguisse me dominar. Botei a roupa de corrida e sai assim que terminei o café. Quando cheguei à
rua ainda estava um pouco sonolento, entretanto o ar frio da rua me ajudou a
despertar.
Os
passos foram arrastados no início, assim, sem muita vontade. As ruas molhadas refletiam
a chuva da noite anterior. Andei em direção ao Gasômetro e comecei a correr de
maneira tímida, respirando devagar e acelerando aos poucos. Depois de alguns
minutos de exercício já me sentia bem melhor. Sabia que conseguiria chegar até
o Estádio Beira-Rio sem parar ou me arrepender. Eis então que o sol surge para
iluminar meu caminho e aquecer meu corpo. Na altura do Anfiteatro Pôr-do-Sol já
me sentia revigorado e motivado para continuar a correr por um longo tempo. Enquanto
isso, a poeira que as impregnava as ideias mofadas ia se dissipando. O vento
suave varria a poeira da minha mente para longe, deixando ali as coisas que me
faziam entender melhor minhas próprias ações. Travava diálogos imaginários com
interlocutores há muito tempo não encontrados e resolvia as equações dos
problemas que me afligiam ao despertar.

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