segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Citação # 3

"Sábio é o ser humano que tem coragem de ir diante do espelho da sua alma para reconhecer seus erros e fracassos e utilizá-los para plantar as mais belas sementes no terreno de sua inteligência."
August Cury

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Citação # 2

"Viemos de um escuro abismo; vamos acabar em um escuro abismo; ao espaço iluminado entre os dois damos o nome de Vida".

No momento exato em que nascemos, começamos a morrer.

Entretanto, nesse exato momento começa também o esforço humano de criação, da realização de uma síntese que nos tornará imortais.

Essas duas forças contrárias, a que leva à vida e a que leva à morte se originam de uma mesma fonte, dessa força super-humana que lança tudo o que existe - plantas, animais e homens - do inexistente ao existente.

Nikos Kazantzákis

Citação

"Viemos de um escuro abismo; vamos acabar em um escuro abismo; ao espaço iluminado entre os dois damos o nome de Vida".

No momento exato em que nascemos, começamos a morrer.

Entretanto, nesse exato momento começa também o esforço humano de criação, da realização de uma síntese que nos tornará imortais.

Essas duas forças contrárias, a que leva à vida e a que leva à morte se originam de uma mesma fonte, dessa força super-humana que lança tudo o que existe - plantas, animais e homens - do inexistente ao existente.

Nikos Kazantzákis

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Frase da Semana # 2

Ao deixar a espiritualidade geocêntrica, narcisista, “sobrenatural” de nossa infância de lado e abraçando a vastidão das revelações da revolução científica moderna de coração — amadurecemos.

Citação # 1

“Queremos buscar a verdade, não importa aonde ela nos leve.

Mas para encontrá-la, precisamos tanto de imaginação quanto de ceticismo.”

Carl Sagan

domingo, 16 de agosto de 2009

Frase da Semana # 1

Para conquistar credibilidade o Filósofo não precisa nem dizer a verdade: basta publicar.

sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Corpo e Alma

O mundo já não teve homens, mas nunca se ouviu falar, até hoje, de um homem sem mundo. A biologia tradicionalmente dividia homem, para o seu estudo, em: cabeça, tronco e membros. Apesar de haverem homens sem membros, nunca se viu por aí um homem sem cabeça, mesmo que alguns pareçam não usá-la. Mesmo que o homem tenha sido dividido em corpo e espírito ou alma nunca houveram conclusões definitivas a esse respeito. Por mais cruel que seja um homem nunca se pode afirmar que ele não possua alma, e até hoje nenhuma pessoas séria comprovou a experiência de comunicação com almas sem corpos. Portanto conclui-se que a divisão dessa estrutura é carente de sentido e alma e corpo são uma coisa só, indissolúvel, os poetas que me perdoem.

Epígrafe

“O homem, dizem, é um animal racional.

Não sei por que não se disse que é um animal afetivo ou sentimental.

Talvez o que o diferencia dos demais seja o sentimento e não a razão (...)

Por isso aquilo que mais nos deve importar num filósofo é o homem.”

Miguel de Unamuno

O OLHO ABERTO DA CORUJA

A filosofia começa pelo homem. Em filosofia está sempre presente em primeiro lugar um homem que se esforça para compreender a realidade. Compreender e produzir uma interpretação, uma leitura da realidade que está diante de si, seja ela uma construção humana ou natural. A certeza mais absoluta que o homem possui em sua vida é que ela terá um fim e deixará de existir como ele a conhece, esse evento que causa a interrupção da vida é comumente chamado de morte. Muitas são hipóteses levantadas até hoje sobre o que ocorre depois desse momento. Pela impossibilidade de dados para sua análise não cabe aqui discorrer sobre elas, no entanto a crença em uma continuidade, a esperança na imortalidade da alma, determina o modo como à vida é vivida e encarada. Portanto, esta página se limita a falar sobre a vida, a vida e as formas de se relacionar com ela, seja considerando-a como a maior das dádivas ou como o pior dos castigos. Sou um leitor e admirador do filósofo Nietzsche. Nietzsche é um filosofo da existência e ousou pensá-la refletindo como os gregos a encararam, para assim perceber as possibilidades de reverenciá-la ou criticá-la em seu tempo, a Alemanha do século XIX. Esse fim, ou essa transitoriedade da vida faz dela um evento trágico em si? Talvez. Em um movimento dialético percebemos que é só pela possibilidade da sua ausência que a sua presença se torna um valor. Se a vida fosse eterna não seria vida, seria outra coisa a ser pensada, então podemos dizer que faz parte da sua essência a sua finitude, ou melhor, ela só é corretamente compreendida tendo o seu termino em vista. Dando voz as pulsões que emanavam de seus temores os gregos buscaram construir imagens belas e símbolos de superação de si. Diante da transformação ou do absurdo da ausência de significado imanente em um caráter ontológico, os gregos são dotados de destacada singularidade por serem representantes de um mundo trágico, em que o sofrimento pode ser transfigurado, e ao transformarem o que poderia ser apenas dor e pesar, em algo belo, fizeram com que a vida ganhasse um novo significado e passasse a ser arte.

Amaria

            Hoje acordei com vontade de Maria
            Se pudesse, todo o dia a amaria
            Já há muito tempo não a via
            E pensei, longe de mim: ‘como ela estaria?’

            Para encontrá-la, meu espírito, das palavras mais belas armaria
            Todo o meu corpo perfumaria
            Quem sabe até me depilaria?
            Faria papel de bobo me vestindo de mariachi
            Só por ser a única fantasia em que cabe Maria
            À sua espera, mesmo em maria-de-pernas-compridas, me banharia
            Me empanturraria e seu nome devoraria
            Maria-mole, mariola, maria-alva, a todas comeria
            Só para saciar meu desejo de Maria
            Se pudesse, todo o teu corpo eu lamberia
            Mesmo nos dias de tia-maria
            Mas não sou maria-vai-com-as-outras
            Não é qualquer Maria que eu queria
            É apenas uma Maria...
            Já, sinta como bate meu coração
            Ao pegar em tua mão e sentir o teu afago
            Ele, em meu peito, não mais bateria, cavalgaria.
           
            Ah! Como ela és cruel, e me cozinhas em banho-maria
            E na mais profunda calmaria
            Diz apenas: ‘um dia’
            Ah! Maria!

            Por um encontro
            Rezaria mil ave-marias
            Freqüentaria romarias
            O trilho da maria-fumaça lavaria
            Eu sei, muito tempo levaria
            Não importa, se isso me trouxer Maria.

            Se com outro eu a visse me enciumaria
            Lutaria e venceria
            Ou acabaria quebrado numa enfermaria
            E a magoaria
            Se ela me ignorasse não entenderia
            Formaria mil teorias
            Fumaria mil cigarros
            Embriagaria-me de maria-meu-bem e maria-teimosa
            E no final enlouqueceria
            E se ela me abandonasse meu coração se partiria
            Seria um deserto, uma sesmaria
                                   
            Ah! Maria.
            Chaveies o meu coração se não quiseres nele entrar
            Jogue fora a chave, em um lugar onde ninguém possa encontrar
            Pois nunca mais irei querer amar
            Mas e seu eu lhe escrevesse uma poesia?
            Assim sem muita harmonia
            Apenas falando do meu amor por você Maria
            Será que com isso me amaria...
            Ah! Quem sabe um dia.

            Ah! Maria...
            

(Uma singela homenagem a minha grande amiga - texto escrito originalmente em 2008)