domingo, 4 de março de 2012

Relaxa e Chora




Ler o jornal quando não é revoltante, muitas vezes, acaba sendo deprimente. A política brasileira parece que estagnou definitivamente. Enquanto o PT ainda consegue criar um nome novo aqui e ali, no meio da avalanche de escândalos ministeriais do governo Dilma, no PSDB parece que não existe partido sem o Serra. Mais uma vez o clone do Mr. Burns vai concorrer a prefeitura de São Paulo.

Para quem não lembra ele foi eleito nas eleições de 2004 e apenas 15 meses depois deixou o cargo para concorrer a governador. Agora ele vai tentar mais uma vez se eleger. Mesmo eleito, se alguém acredita que ele cumprirá o mandato até o final está enganado, pois ele já demonstrou que a prefeitura é só um trampolim eleitoral para se manter na mídia.
A falta de novos nomes com soluções originais para os grandes problemas das grandes cidades demonstra a esterilidade intelectual da política brasileira e a estrutura feudal dos partidos políticos que se concentram em uma só figura "carismática". Acho essa candidatura um tino no pé. Serra estará trabalhando pra consolidar o lulismo que se propagou no poder. Pelo menos dessa vez o PT teve um pouco de bom senso e não vai botar a ministra Relaxa e Goza na disputa e escolheu o Ministro do Enem Fracassado.


É esperar para ver. Façam suas apostas. No fim quem sai perdendo como sempre é o eleitor, que convencido de que voto é igual a democracia será obrigado a escolher entre o dois candidatos ruins. Mas tenham uma certeza, vermelhos ou azuis no poder a cidade mais populosa e rica do país continuará um caos, pois a estrutura dos partidos está condenada a falta de ideias e todos optam pela manutenção do feijão com arroz para garantir o status quo. Falto coragem para ousar.

Enquanto isso, os ciclista seguem sendo atropelados e morrendo na Av. Paulista e ainda por cima são acusados pela revista de Veja de serem agressivos quando se juntam.(1) Enquanto que os veículos automotores continuam a ser agressivos individualmente pela sua própria natureza todos os dias. Mas um dos maiores veículos impressos do país precisa defender o automóvel já que a receita paga por eles constitui metade da receita da dita publicação. Ou seja, acusar os ciclistas indevidamente é um meio tendencioso deles assegurarem a própria existência e defender seus patrocinadores.



REFERÊNCIA
(1)http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/o-que-falta-para-ser-seguro-andar-de-bicicleta-em-sp