tag:blogger.com,1999:blog-91705006345410201302024-02-06T18:48:02.862-08:00OS OLHOS DA CORUJAPENSAMENTOS FILOSÓFICOS, HISTÓRIAS E OS OLHOS ATENTOS AO UNIVERSO DO PENSAMENTO.Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.comBlogger67125tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-88975030904308351292017-05-10T14:51:00.002-07:002017-05-10T14:53:04.475-07:00Lula: humano, demasiadamente humano.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkYD09EOtuAr6zMonn35qnJOOcn08iU7OeRaJnTxHUrxqcwKsOkHLkobyc-HghZbYMlKhqrV5TNa-K7Ji5JOjBuhIWHZIpOsdh7T8xgHiyY7AYOAn6wfaKYfYutEgq3zIO5-6rIzG1tqt1/s1600/Lula+demasiado+humano.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="197" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgkYD09EOtuAr6zMonn35qnJOOcn08iU7OeRaJnTxHUrxqcwKsOkHLkobyc-HghZbYMlKhqrV5TNa-K7Ji5JOjBuhIWHZIpOsdh7T8xgHiyY7AYOAn6wfaKYfYutEgq3zIO5-6rIzG1tqt1/s400/Lula+demasiado+humano.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Tenho, intencionalmente, me
omitido a falar publicamente sobre a política nacional ao longo dos últimos dois
anos. Mas resolvi que é hora de interromper meu silêncio e me inserir no debate
que toma conta do Brasil.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O depoimento de Lula ao juiz
Sérgio Moro tem causado amplas reações no país. O ex-presidente sofre visivelmente
uma perseguição da mídia que busca culpabilizá-lo antes da decisão final da
justiça.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lula não é anjo nem demônio. Por
mais que a elite branca procure fazer todo esforço possível para
desmoraliza-lo, não se pode condenar o ex-presidente antes da hora. Nem tão
pouco endeusa-lo, como fazem os petistas. Ele é ser um humano e como qualquer cidadão
deve possuir amplo direito a defesa das acusações que tem sofrido. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Alguns de seus feitos sociais inegavelmente
foram gloriosos, mas a maneira com que eles foram “construídos” é condenável.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sem sombra de dúvidas Lula é
culpado de alguma coisa. Mas de que? Talvez o seu maior crime seja a incompetência.
Se Lula não tem culpa dos crimes cometidos durante seus governos, ele é
culpável por se aliar a um grupo de criminosos que o cercava.<span style="font-size: x-large;"> </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><b><br /></b></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: x-large;"><b>Se ele sabia dos crimes que aconteciam em
seu governo ele é cúmplice, se ele não sabia é um ignorante</b>. </span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
E o governante
máximo do país não pode ser nem uma coisa nem outra, nem conivente, nem incapaz
de perceber as atrocidades que acontecem durante seu governo. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Lula se apresenta como um pré-candidato
para as próximas eleições. Mas mesmo que Lula não se torne inelegível, ele não
merece ser eleito porque durante seu governo inúmeros atos de corrupção, já
comprovados pela justiça, foram praticados por seus aliados. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A tendência natural é que aqueles
destituídos do poder tendem a querer se vingar daqueles que o perseguiram. E o
ex-presidente se reeleito fosse dificilmente fugiria dessa tendência. Um novo
governo do PT, portanto, seria um desastre e se tornaria uma caça-as-bruxas. Sem
sombra de dúvidas a esquerda não possui uma alternativa viável. Por isso se esforça
em depositar suas esperanças em um político que não merece mais credibilidade.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Mas a verdadeira condenação ou
absolvição será feita no seu devido tempo, nas urnas em 2018, elas darão o
veredito. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O texto acima manifesta a opinião
de um proletário branco esclarecido.<o:p></o:p></div>
</div>
Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-13938036567669479682017-01-10T05:14:00.002-08:002021-05-02T07:13:58.640-07:00<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
“Bandido bom é bandido morto?”<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUt_7rI33GhL0GVYGIfQB63vB4ZKK_nzhPgpkat3HgFBZFjxv2VD2UYW-yewZvaTiBbz9aJE08Bqv1d3R4HddXfUQ6GEx9Z3hSoPu9lhHwTaVcYzkvnxkZoLTTDeAAK_uvJNXsbQhYWwJt/s1600/destaque-353833-presos.jpg" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="208" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiUt_7rI33GhL0GVYGIfQB63vB4ZKK_nzhPgpkat3HgFBZFjxv2VD2UYW-yewZvaTiBbz9aJE08Bqv1d3R4HddXfUQ6GEx9Z3hSoPu9lhHwTaVcYzkvnxkZoLTTDeAAK_uvJNXsbQhYWwJt/s400/destaque-353833-presos.jpg" width="400" /></a></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Quem não pensam assim? Uma minoria dos brasileiros de
acordo com o Datafolha. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Houve um tempo em que os estados não eram tolerantes e os
criminosos eram executados em praça pública. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Essa semana o caos no sistema penitenciário nacional veio à
tona por causa dos massacres nos presídios de Manaus e Boa Vista. Como se o
problema já não existisse dede muito antes do Carandiru.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A resposta do presidente foi rápida e pontual. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Vamos construir mais presídios. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Ou seja, em breve teremos novos palcos para outros massacres.
Gostaria que ele tivesse dito. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
- Vamos produzir menos criminosos.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas o que fazer com o problema da superlotação dos
presídios. Mandar matar?<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
- Presidio não resolve. Manda matar todos eles. Faz
picadinho. Não deixa sobrar um – disse um taxista ex-sargento da brigada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
- Tá com pena, então leva eles para casa. Quem não quer um
bandido na sala de estar, ao lado da TV, parado feito uma samambaia – falou meu
vizinho ogro. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Se fizessem um plebiscito sobre quem prefere esses bandidos
mortos e quem quer eles soltos. Qual você achar que seria o resultado? Aposto
que descobriríamos que a maioria da população aprova a morte de criminosos em
nome da própria segurança. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Dois fatos são inegáveis: <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Primeiro a maioria dos presos é irrecuperável. Depois de uma
condenação são poucos os que se regeneram.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Segundo os custos dos presos para o estado é altíssimo.
Novas vagas no sistema prisional, por exemplo, custariam em torno de 40 a 50
mil reais por preso, de acordo com <a href="http://veja.abril.com.br/brasil/pais-precisa-de-r-10-bilhoes-para-acabar-com-deficit-prisional/">a
Veja</a> dessa semana. E não é justo que as pessoas honestas paguem essa conta.
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Em uma rápida pesquisa você poderá descobrir que em vários
países a pena da morte ainda é praticada.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Mas antes de achar que a pena de morte é a solução, pense
bem. <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Existe um motivo para que a maioria dos estados democráticos
modernos ter abolido a pena de morte. Basta fazer um retrospecto para p<o:p></o:p></div>
erceber
que muitos inocentes seriam mortos injustamente. Como ocorreu com Jesus Cristo,
Sócrates, Giordano Bruno e tantos outros caras legais que foram condenados à
morte pelo estado em que residiam. <br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Já que não dá pra matar, que obrigar eles a fazerem
trabalhos forçados, ou a volta da escravidão no Brasil.<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
A solução perfeita parece ser expulsar eles do país. Manda
os criminosos para um país bem longe, tipo Austrália. Aliás foi assim que teve
início a colonização daquele país, quando o governo britânico, em 1786 determinou
o estabelecimento de uma colônia penal em Botany Bay para onde mandava
infratores condenados. <o:p></o:p></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Para que essa solução funcione no Brasil só falta achar um
território bem grande para onde todos os presos possam ser enviados. Aliás, alguém sabe como anda o processo de colonização da Antártida.</div>
</div>
Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-58410404206976158812014-12-07T22:00:00.000-08:002014-12-07T22:08:40.766-08:00ESCREVENDO O LIVRO MEMÓRIAS SEPULTADAS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As
pessoas me pergunta sobre como foi o processo de escrever meu primeiro romance.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Confesso
a vocês que não foi nada fácil. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Eu
sempre quis ser um escritor, era o meu sonho desde a infância. Esse foi um dos
motivos que me levaram a estudar Filosofia na universidade e fazer um mestrado sobre
Artes em que o tema principal são as tragédias gregas.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Apesar
de sempre ler muito, nunca me sentia bom o bastante para começar a escrever um romance.
Sempre achava que precisava me preparar mais para poder contar um boa história.
Até que percebi que escrever é como dançar, ou tocar um instrumento musical,
você precisa praticar muito até ficar razoavelmente bom naquilo. Para me
preparar comecei a escrever com mais regularidade, fiz algumas oficinas
literárias, curso de roteiro cinematográfico, conversei com escritores famosos
e pesquisei muito sobre o tema que queria escrever. Ainda hoje, não acho que
escreva tão bem quanto gostaria. Mas estou satisfeito com o resultado do meu
primeiro trabalho. </div>
<div class="MsoNormal" style="tab-stops: 169.7pt; text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
As
primeiras anotações para o livro Memórias Sepultadas começaram a ser feitas em
2004. Mas foi só em 2008 que comecei a
levar o projeto a sério. Meu mestrado porém tomou todo meu tempo livre e tive
que, mais uma vez, adiar o projeto. Em 2011 parei de lecionar e comecei a me
dedicar com exclusividade para finalizar esse romance. Após um ano digitando
todas as minhas anotações e escrevendo as partes que faltavam, dei por
encerrada a primeira versão da história. Depois, durante mais de dois anos
fiquei revisando incessantemente e aprimorando a linguagem do texto. Quando
tudo finalmente ficou como eu queria, mandei para a revisão.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Muita
coisa mudou desde o inicio da história. É difícil contar o que, ou entrar em
detalhes, sem estragar parte do enredo, portanto, só falarei sobre isso depois
que a história já for mais conhecida. O que posso dizer é que uma das minhas personagens
favoritas foi excluída na versão final. Esse episódio se passava durante a
Guerra do Paraguai e ficou de fora pelo tema e por causa do cenário não serem
os mesmo que a história principal. Essa parte virou um conto independente chamo
Ana Guerra que ainda não foi publicado e pode servir como base para uma nova
narrativa longa (ainda não decidi). </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
O
ramo da arte é ardiloso. Você quer trabalhar nele, mas precisa viver. Então,
arruma um emprego, e depois na hora de se dedicar à arte está tão cansado que
não consegue fazê-lo. Mas quando amamos o que fazemos, encontramos um jeito de
continuar fazendo. Eu sempre procurei empregos que me dessem a chance de
escrever durante o expediente, nem que fosse só por alguns momentos. Sempre
andava com uma caderneta no bolso e anotava cada ideia que tinha, depois
selecionava as melhores para seguir em frente. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
A
escrita desse livro foi movida a desafios. Primeiramente pessoal, queria provar
para mim mesmo que seria capaz de escrever uma narrativa longa e envolvente. O
segundo desafio foi de uma amigo que em 2010 me disse que começar um livro era
fácil o difícil seria terminá-lo. Ele estava certo, mas depois de muito
empenho, consegui e estou contente com o resultado. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<o:p> </o:p> Muitas pessoas me ajudaram a prosseguir ao
longo da minha vida. Ainda não posso viver daquilo que escrevo, mas com
persistência espero chegar lá. E mesmo que nunca consiga, jamais deixarei de
escrever, pois isso me dá prazer.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Sucesso
e fracasso são questões relativas. O meu maior medo era de não escrever uma boa
história. O pior que poderia acontecer era não conseguir terminar o livro. Só
que isso eu consegui. Então, para mim, o livro já é um sucesso. Mesmo que ninguém mais estivesse satisfeito com o resultado final, isso não importaria, pois o livro já cumpriu a sua função. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Aprendi muita
coisa escrevendo essa história. Agora
que já estou familiarizado com os instrumentos da escrita, tenho uma visão
complexa do processo pelo qual passei e tenho segurança para afirmar que será
mais fácil escrever o próximo trabalho. Quanto ao fato de ter um grande público
de leitores é um questão de tempo, pois sempre acreditei que um trabalho de
qualidade cedo ou tarde encontrará o seu publico e será reconhecido como uma
obra de arte de valor.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<br />
<div class="MsoNormal">
Obrigado a
todos os meus leitores. </div>
</div>
Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-5763158052231483632014-12-01T08:06:00.001-08:002014-12-01T08:06:58.914-08:00A Última Noite no Convento<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Essa história
foi lida pela primeira vez em público ontem a noite 30-12-2014, no evento Vênus
em Fúria - Sarau Pornô realizado no Signos Pub, na rua Joaquim Nabuco, Porto
Alegre. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBvhKeK4BMFDM0cDA0ly0y2f4fIlLa8cowk8UVxYxTlEesx44vJXW8JqEPPkA0Z0kLlMVp83L0fisFECpa0Y0ziynLaum2JsV1dvupJHRJB7kWKDSTyA9EzUpJdTyY2mxeZHsdqSgnTTp6/s1600/10413426_907104559300180_222179352093012177_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhBvhKeK4BMFDM0cDA0ly0y2f4fIlLa8cowk8UVxYxTlEesx44vJXW8JqEPPkA0Z0kLlMVp83L0fisFECpa0Y0ziynLaum2JsV1dvupJHRJB7kWKDSTyA9EzUpJdTyY2mxeZHsdqSgnTTp6/s1600/10413426_907104559300180_222179352093012177_n.jpg" height="320" width="243" /></a></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div align="right" class="MsoNormal" style="text-align: right; text-indent: 35.45pt;">
"Aquela
foi a maior suruba de todos os tempos vista na cidade de Rosa Cruz."<b><o:p></o:p></b></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<b>A Última Noite no Convento<o:p></o:p></b></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Essa história
é verdadeira. Ela aconteceu em maio de 1941, em uma cidadezinha pouco conhecida
chamada Rosa Cruz. Tudo começou depois da queda da ponte da cidade após um
grande temporal. A cidade decretou estado de emergência, e o exército foi
chamado para ajudar. Porém não havia onde acomodá-los, todas as casas, igreja,
escolas e qualquer outro prédio público estavam inabitáveis, ou ocupados pelos
desabrigados. O prefeito interino, Perpétuo Bocaiúva, teve então a brilhante
ideia de hospedar um batalhão de quarenta soldados no único lugar que não tinha
sofrido nenhum dano com as chuvas: o convento Nossa Senhora da Rosa Mística. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
A
coordenadora do lugar, Madre Teresa Dávila, diante da calamidade, cedeu aos
apelos do prefeito e após o juramento do Major Godoberto Siqueira de Almeida
Neto Fagundes dos Santos Filho de que nada de errado ocorreria, ela isolou
metade do prédio para que os homens pudessem pernoitar lá. A construção
quadrangular com um amplo pátio interno foi adaptada para receber,
excepcionalmente por uma noite, aqueles hóspedes inusitados. As freiras
ficariam na ala leste e os soldados na ala oeste, a ala sul e norte foram
fechadas. Era um estado de emergência e os responsáveis concordaram que seria
possível controlar a situação por uma noite, mais do que isso seria muito
arriscado. As freiras eram pessoas castas, mesmo assim eram humanas, não seria
saudável expô-las à tamanha provação da sua castidade, deixando-as à mercê de
um bando de homens musculosos. Mas aquela seria uma noite inesquecível para
todos e ficaria registrada no anedotário da cidade para sempre</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
As luzes dos
corredores foram apagadas cedo. Todas as portas foram trancadas à chave e cada
uma delas revisada três vezes. As chaves foram todas entregues à madre superiora.
Os soldados estavam todos ouriçados e fizeram uma aposta para ver quem seria o
primeiro a transar com uma das freiras. Neto e Gouveia, os dois soldados mais
malandros do batalhão, resolveram aprontar uma brincadeira com os colegas. Os
dois fugiram pela janela, foram até o varal, pegaram roupas de freiras e se
vestiram como elas. Eles bloquearam a saída dos quartos da madre superiora e do
major. Depois encontram numa sala vazia na ala leste e começaram o show. Usando
luzes, os dois projetaram sombras na parede e simularam duas freiras tendo
relações sexuais. Do outro lado, um dos soldados de binóculo viu e começou a
acordar os outros. Os dois malandros soltavam gemidos estridentes, enquanto
encenavam a cena de sexo oral. Aos poucos, as luzes da ala masculina começaram
a se acender uma a uma e logo os quatro andares, com oito janelas em cada um
deles, estavam iluminados. Em todas as janelas havia homens excitados
assistindo aquela cena. Os soldados já estavam ficando loucos, até que não
aguentaram mais e, ali mesmo nas janelas, puxaram os membros para fora das
calças e começaram a se masturbar. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Uma das
freiras do outro lado ouviu a movimentação e abriu a janela para ver o que
estava acontecendo. Qual não foi sua surpresa quando ela viu, na sua frente, trinta
e duas janelas abertas, todas elas com homens bem dotados. A mulher quase teve
um desmaio naquela hora. Sem que percebesse, ela foi contagiada por aquele
ambiente de virilidade e testosterona; logo ela, que sempre fora tão casta, tão
pura, tão devota, colocou a mão no seu órgão sexual — como se quisesse calar o
grito que dali queria sair — e começou a se tocar também. Nessa hora, o prazer
parecia ser uma das belas criações divinas e só poderia ser um engano que
aquilo figurasse na lista dos pecados. Os soldados a viram e isso a deixou
ainda mais disposta a pecar. Seus gemidos e as luzes acesas acordaram suas
colegas de quarto. As outras freiras também abriram as janelas para ver o que
se passava. Uma foi acordando a outra e logo a ala leste inteira estava
desperta, havia trinta e duas janelas com as luzes acesas, cada uma delas com
mais de uma freira, todas elas olhando para aquele bando de homens com suas
armas expostas, manobrando com perícia e destreza seus instrumentos. Num misto
de temor e tremor, todos pareciam contagiar-se com a atmosfera que tomava conta
do lugar; o cheiro de sexo estava no ar e ao respirarem aquilo, era como se que
todos tivessem voltado a ser crianças, naquela inocente brincadeira de ‘mostra
o teu que eu mostro o meu’. As freiras começaram a se tocar e logo eram trinta
e duas janelas com homens se masturbando de um lado e trinta e uma janelas com
freiras se tocando castamente do outro. Algumas mais ousadas auxiliavam as mais
recatadas a se despirem e ensaiavam algumas carícias puritanas. As mais
pecaminosas mandavam beijos para os soldados e as mais ousadas chamavam os
soldados com os dedos provocativos, para que viessem comungar daqueles
corpos-santos, já ardentes de desejo. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Os soldados
eram bem treinados e não podiam resistir a um pedido de ajuda. Não se
importando com a idade das freiras, partiram em seu auxílio. Improvisaram
cordas com os lençóis, fronhas e cobertas. Foram descendo um a um até o pátio.
As freiras, como Rapunzéis pecaminosas, jogavam seus lençóis enrolados como
tranças para que seus irmãos de desejo subissem aos seus aposentos. Os
soldados, bravamente, iam escalando as cordas improvisadas e invadindo o
território aliado; as freiras os recepcionavam calorosamente e auxiliavam os
soldados a se despirem de seus uniformes suados. Os soldados, no mais autêntico
espírito de comunidade cristã, compartilhavam amigavelmente suas carnes
abençoadas. E naquela noite, não houve soldado que quisesse fugir da batalha,
nem freira que tenha evitado pronunciar o nome de Deus em vão. ‘Ai, meu Deus!’
gritavam as irmãs, enquanto eram maculadas. Nunca antes elas haviam rezado com
tanto fervor. A maioria delas estava conhecendo o que era um homem pela
primeira vez e entenderam quão delicioso era o sabor do fruto proibido
degustado por Adão e Eva. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
No fundo,
elas só seguiram as ordens da madre superior que dizia: ‘Se não tiverem escolha
e tiverem que pecar, então pequem; mas pequem com convicção, pequem mesmo e
depois se arrependam.’ E foi o que as freiras fizeram: pecaram. Pecaram como nunca
em todas suas vidas haviam feito antes e descobriram como era gostoso ser uma
pecadora. Algumas pecaram a noite inteira, era um peca para cá, peca para lá.
Depois das primeiras horas pecando, os homens já estavam cansados e alguns
soldados iam batendo <st1:personname productid="em retirada. Enquanto" w:st="on">em
retirada. Enquanto</st1:personname> os mais fracos se afastavam do campo de
batalha, as irmãs disputavam heroicamente os bravos combatentes que seguiam na
guerra santa. A munição dos soldados estava se esgotando antes que o desejo de
todas as irmãs tivesse sido saciado. As mais insatisfeitas improvisavam com
velas e candelabros uma oração particular, oravam sozinhas para apagar o fogo
divino que lhes ardia as entranhas. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
Entretanto,
um dos guerreiros parecia invencível, era Jorjão, um negrão de quase dois
metros e bem armado com uma bazuca no meio das pernas que parecia ter munição
infinita. O homem era tão grande que, se ficasse de quatro, poderia ser
confundido com um cavalo. Ele parecia uma metralhadora humana e atirava para
todos os lados. Ele foi o último a bater <st1:personname productid="em retirada. J£" w:st="on">em retirada. Já</st1:personname> ao raiar
do dia, depois de se vangloriar por ter combatido sozinho contra metade do
exército aliado, na sua última investida, ele quase enrabou um dos malandros,
que apesar de terem entrado em combate continuavam usando o uniforme feminino.
Aquela foi a maior suruba de todos os tempos já vista na cidade de Rosa Cruz. A
coisa ficou evidente, quando um terço das freiras apareceram grávidas nos meses
seguintes. Não adiantava nem tentar alegar que tinha sido obra do espírito
santo, pois os soldados orgulhosos do feito, já haviam espalhado pela cidade
inteira o que havia acontecido naquela noite. </div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.45pt;">
No final, a
Madre foi excomungada pelo vigário, o convento foi fechado e transformado em
hospital psiquiátrico. As freiras grávidas largaram o hábito e a cidade ganhou
cerca de dez novas famílias. As que não se converteram ao matrimônio, viraram
pecadoras profissionais. Mas uma coisa elas mantiveram em comum, a partir
daquela noite e para o resto de suas vidas, todas elas adotaram um novo santo
padroeiro. Elas continuaram a rezar uma oração solitária em homenagem à espada
abençoada de santo Jorjão, o homem (não-padre) que mais descabaçou freiras na
história da humanidade.</div>
</div>
Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-59164043794125165852014-10-15T19:53:00.000-07:002014-10-15T19:53:55.639-07:00PAPÉIS AVULSOS<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjBhq4CVCKK3hK7pyWs2xyWQmYnqek5_aY0HUDaI_OzUNjvJMs0YoYsa_kDBAY8n89b_OYZVu0AdLuubyCjHVxbCPSAq3dYCMXKpe4RuYKGWwxRoXWP4bhqz9XlBbWytJXCUh7_K3uYB6H/s1600/arvore+folhas+voando.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjjBhq4CVCKK3hK7pyWs2xyWQmYnqek5_aY0HUDaI_OzUNjvJMs0YoYsa_kDBAY8n89b_OYZVu0AdLuubyCjHVxbCPSAq3dYCMXKpe4RuYKGWwxRoXWP4bhqz9XlBbWytJXCUh7_K3uYB6H/s1600/arvore+folhas+voando.jpg" height="240" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"> As
vezes as palavras somem, não sei para onde elas vão. Chega uma hora que elas
simplesmente desaparecem. A falta delas me angustia. As palavras somem e o
álcool surge. Depois de um gole ou outro elas as vezes voltam a toa, assim como
quem não quer nada. Encontro elas perdidas e levo-as para o papel. De repente
me pego pensando, por onde elas andavam?<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<span style="font-size: 13.5pt;">*<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"> <span class="apple-converted-space"> </span>Durante muito tempo vesti a máscara de
Joaquim Hunts, o protagonista do meu livro Memórias Sepultadas que em breve
será lançado. Fui fazendo dele as minhas palavras e passei a pensar mais com a
cabeça dele do que com a minha. No final parece que ele encontrou seu rumo e eu
encontrei o meu. Caminhamos que levam para lugares completamente diferentes.<o:p></o:p></span></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"> <span class="apple-converted-space"> </span>Já havia lido que chega uma hora em
que os personagens ganham vida própria, mas nunca havia sentido isso antes. Não
adianta mandar, eles não nos obedecem. Nessas horas temos que ouvir mais o que
eles tem a nos dizer do que impor a eles o que deveriam falar. Chega um momento
na escrita em que eles já sabem o que fazer e nós apenas os acompanhamos,
deixando que sigam a sua busca. Os personagens vão deixando seus autores para
trás impotentes e sozinhos assim como ele estava antes de começar a contar
aquela história...<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<span style="font-size: 13.5pt;"> Essa é hora de começar a contar uma nova história. <o:p></o:p></span></div>
</div>
Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-16055349574222880432014-10-12T13:04:00.000-07:002014-10-12T13:04:48.448-07:00Encontros Inusitados <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
</div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2UwU99xhwa7w34nHUJXjNTVwLE_WDrmf2AunVtiEoPmNciBSfplLNzfbLIdXSD-as11LBF1HODS-jnoo02C5QLAqq_xkWyY5dqAI1hbC0zQa_5OReXYr9LxQpgA1Mbiarg1syvjh1XMJM/s1600/f9c3c8fbcddaacb8290f572749347db4_200_thumb.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj2UwU99xhwa7w34nHUJXjNTVwLE_WDrmf2AunVtiEoPmNciBSfplLNzfbLIdXSD-as11LBF1HODS-jnoo02C5QLAqq_xkWyY5dqAI1hbC0zQa_5OReXYr9LxQpgA1Mbiarg1syvjh1XMJM/s1600/f9c3c8fbcddaacb8290f572749347db4_200_thumb.jpg" height="320" width="320" /></a></div>
<br />
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Porto
Alegre é uma cidade relativamente pequena. Andando pela Cidade Baixa nós sempre
acabamos encontrando alguém conhecido. Esses encontros geram novos encontros,
pois quando estamos acompanhados acabamos apresentando amigos aos amigos que
encontramos pelo caminho e a coisa vai por esse lado.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwjtRJ8DjoEG4WFAwndJ7TGrrT6QtjXl1zvnhff9HvsynqJ1Kt1ameul88GlBSfPWG3d3tbKuuWaAdUaSzWqGIcnZJMFd6SpQKpmNhD7qcgl_h0FpgtcGaQNQhSi6TMdEq_S6N3mHwswpg/s1600/images+(4).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhwjtRJ8DjoEG4WFAwndJ7TGrrT6QtjXl1zvnhff9HvsynqJ1Kt1ameul88GlBSfPWG3d3tbKuuWaAdUaSzWqGIcnZJMFd6SpQKpmNhD7qcgl_h0FpgtcGaQNQhSi6TMdEq_S6N3mHwswpg/s1600/images+(4).jpg" height="200" width="200" /></a> Ontem
aconteceu uma situação engraçada. Duas pessoas que já deveriam se conhecer, mas
não se conheciam acabaram se encontrando. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVh2CW8AQqu25LvbuNrggZ_xIz3152ioPLCvNKQGghG_xYYcbZuMZU206zouEYkSMlG1-8qq6o2gHhFLffJhyBtYpwhfGKxsO7CmU3NNtwLH1UFjpeeqd7C6m5gz5-iBerYLALqV3AmPJS/s1600/20141011_200721.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjVh2CW8AQqu25LvbuNrggZ_xIz3152ioPLCvNKQGghG_xYYcbZuMZU206zouEYkSMlG1-8qq6o2gHhFLffJhyBtYpwhfGKxsO7CmU3NNtwLH1UFjpeeqd7C6m5gz5-iBerYLALqV3AmPJS/s1600/20141011_200721.jpg" height="320" width="262" /></a> Uma
amiga e eu estávamos de boa sentados em uma café da República esperando para
fazer um pedido. A minha amiga, formada em psicologia havia acabado de sair de
uma prova para seleção de mestrado e estava desolada, pois achava que tinha ido
muito mal na prova de línguas. Enquanto aguardávamos a garçonete nos atender uma
conhecida minha que eu já não via há muito tempo passou e me olhou com aquela
cara de "eu te conheço de alguma lugar, mas não lembro bem de onde."
Não precisou de mais do que alguns segundos para que lembrássemos que
costumávamos nos encontrar nos <i>meetings</i>
do <i>Couchsurfing</i> <https: www.couchsurfing.org="">
em 2009. Depois disso, eu saí de Porto e nunca mais nos vimos pessoalmente. </https:></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<object id="BLOG_video-UPLOADING-0" class="BLOG_video_class" contentid="UPLOADING" width="320" height="266" ></object> A
conversa foi tímida no início. Minha amiga elogiou o vestido da garota que
havia chegado e as duas começaram a conversar. Pronto, não precisou mais do que
alguns minutos para que as duas se identificassem. Eram praticamente duas almas
gêmeas separadas pelo destino até aquele momento que acabavam de se encontrar. As
duas são formadas em psicologia, trabalham na mesma Universidade em
departamentos diferentes, conheciam as mesmas pessoas, colecionam os meus tipos
de objetos, tem predileções pelos mesmos tipos de filme e tem as mesmas ideias
sobre qual negócio montariam para ganhar dinheiro. Enfim, uma porção de pontos
de convergência. Quantas vezes aquele encontro não foi possível, entretanto
nunca se concretizou? Para completar, o namorado da garota do CS ainda era o
melhor amigo do cara que havia morado um ano na casa da minha amiga. </div>
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Saímos
do café, fomos na casa dela, conhecemos o namorado, bebemos cerveja, tocamos
gaita, brincamos de carrinho de controle remoto, atropelamos o boneco do Freud,
trocamos dicas de fotografia, contei algumas histórias de viagem e falei sobre
a vida no navio em que trabalhava. Depois algumas horas de diversão por lá,
minha amiga e eu saímos para não atrapalhar ainda mais os planos daquela noite
do casal. E assim, de maneira espontâneas duas pessoas com gostos tão
semelhantes se reconheceram. Espero que esse tenha sido apenas o início de um
boa amizade entre as duas.</div>
</div>
Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-82978108315622918332014-10-11T11:33:00.003-07:002014-10-11T11:37:51.109-07:00Uma corrida para arejar as ideias.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0rxo78OD5TK4Oqi8d2lcm-RvHuuY0vVJiBYJmT3N7Q6omVZfx97AXLo5Nga5SsI6i3SJc1K2TGTb5JN5DfkzHA3LDkagJQ9B3etNfeRMYxfjRnQr_UOw54URbcORBOGIwFXGxY8FSwd_S/s1600/usina1.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj0rxo78OD5TK4Oqi8d2lcm-RvHuuY0vVJiBYJmT3N7Q6omVZfx97AXLo5Nga5SsI6i3SJc1K2TGTb5JN5DfkzHA3LDkagJQ9B3etNfeRMYxfjRnQr_UOw54URbcORBOGIwFXGxY8FSwd_S/s1600/usina1.jpg" height="300" width="400" /></a></div>
<div align="center" class="MsoNormal" style="text-align: center;">
<br /></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Acordei
perturbado. Eu mal havia aberto os olhos e minha mãe entrou no meu quarto com
uma xícara de café quente e começou a reclamar das blasfêmias que havia lido no
me meu livro. Estava um pouco frustrado por não ter conseguido ir viajar aquele
final de semana. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
Olhei
para fora e o clima nublado não me inspirava nem um pouco a deixar o meu
quarto. Resolvi tomar coragem e deixar a moleza de lado, antes que mais uma vez
ela conseguisse me dominar. Botei a roupa de corrida e sai assim que terminei o café. Quando cheguei à
rua ainda estava um pouco sonolento, entretanto o ar frio da rua me ajudou a
despertar. </div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidj9I2AMnoB1zVGbPbLVpH7w-nheg63CgJa0l6WUvkQyVi-2BGuY67iWCVxW9UMM55MEWncjSg7cxcRqpaJ9DHjjekTt3NcYe2gAL06lPmK3uXi2iz-A2Wx4uZdgMhTV5LMFGmZSiSCBNQ/s1600/images+(4).jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidj9I2AMnoB1zVGbPbLVpH7w-nheg63CgJa0l6WUvkQyVi-2BGuY67iWCVxW9UMM55MEWncjSg7cxcRqpaJ9DHjjekTt3NcYe2gAL06lPmK3uXi2iz-A2Wx4uZdgMhTV5LMFGmZSiSCBNQ/s1600/images+(4).jpg" height="195" width="320" /></a></div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh6tyoAN-MuVLAkV6lGOM_gofVI_WA95p9x-smqHmCXlMa0ccYyCCYzLGbgqqBablZQJz82Xefe0yLedEN_06C7xTssSvHWjTwSWwUhBLWF4KklZlztJ4y1NlGTa1kqIPH9ALJuN-fC9ZN/s1600/modal_20140207175932foto_20140207150323.jpg" imageanchor="1" style="clear: right; float: right; margin-bottom: 1em; margin-left: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhh6tyoAN-MuVLAkV6lGOM_gofVI_WA95p9x-smqHmCXlMa0ccYyCCYzLGbgqqBablZQJz82Xefe0yLedEN_06C7xTssSvHWjTwSWwUhBLWF4KklZlztJ4y1NlGTa1kqIPH9ALJuN-fC9ZN/s1600/modal_20140207175932foto_20140207150323.jpg" height="212" width="320" /></a> Os
passos foram arrastados no início, assim, sem muita vontade. As ruas molhadas refletiam
a chuva da noite anterior. Andei em direção ao Gasômetro e comecei a correr de
maneira tímida, respirando devagar e acelerando aos poucos. Depois de alguns
minutos de exercício já me sentia bem melhor. Sabia que conseguiria chegar até
o Estádio Beira-Rio sem parar ou me arrepender. Eis então que o sol surge para
iluminar meu caminho e aquecer meu corpo. Na altura do Anfiteatro Pôr-do-Sol já
me sentia revigorado e motivado para continuar a correr por um longo tempo. Enquanto
isso, a poeira que as impregnava as ideias mofadas ia se dissipando. O vento
suave varria a poeira da minha mente para longe, deixando ali as coisas que me
faziam entender melhor minhas próprias ações. Travava diálogos imaginários com
interlocutores há muito tempo não encontrados e resolvia as equações dos
problemas que me afligiam ao despertar.</div>
<span style="text-align: justify;"> Não
fui viajar essa semana, mas redescobri que não há nada melhor que uma boa
corrida para arejar as ideias. </span></div>
Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-55640244415219780722014-09-22T12:52:00.000-07:002014-09-22T12:52:49.006-07:00Da série: Poesias em Alto Mar #3 <div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal">
CANTO À MUSA #3 </div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Elfa encantada de beleza nórdica</div>
<div class="MsoNormal">
Os meus olhares procura evitar</div>
<div class="MsoNormal">
Meus convites costuma recusar</div>
<div class="MsoNormal">
Em nossos encontros almeja faltar </div>
<div class="MsoNormal">
De meus toques busca se afastar</div>
<div class="MsoNormal">
Dos meus beijos foge sem parar</div>
<div class="MsoNormal">
Dos meus abraços tenta se esquivar</div>
<div class="MsoNormal">
De meus elogios costuma desdenhar <o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
Com minha sabedoria parece não se
importar</div>
<div class="MsoNormal">
Mas de minhas palavras, ah! destas
terás para sempre que lembrar</div>
<div class="MsoNormal">
<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiN-EmnGyZxQOIKhma-C_Uifa6Z6jL9n_VZolKvjI5YZfFsPYhFBZF7ZhQ0HTJxp1WgBZ4EvOu770UuVJnv3DUY8bULx0k6xSDzc4LUN2QrWOpplmJKxH3OuzFlPU_LkTSYeCwb_lbUAqoW/s1600/zutyn_elfa_ranger_by_zutyn-d65y7so.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiN-EmnGyZxQOIKhma-C_Uifa6Z6jL9n_VZolKvjI5YZfFsPYhFBZF7ZhQ0HTJxp1WgBZ4EvOu770UuVJnv3DUY8bULx0k6xSDzc4LUN2QrWOpplmJKxH3OuzFlPU_LkTSYeCwb_lbUAqoW/s1600/zutyn_elfa_ranger_by_zutyn-d65y7so.jpg" height="320" width="240" /></a></div>
</div>
Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-89204438987338152422014-09-22T11:28:00.001-07:002014-09-22T11:32:38.056-07:00Da série: Poesias em Alto Mar #2<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal">
<span style="font-size: 13.5pt;">CANTO À MUSA #2 <o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
No teu rosto de menina vejo uma mulher</div>
<div class="MsoNormal">
Nas tuas mãos delicadas sinto a inocência</div>
<div class="MsoNormal">
No teu perfume respiro a fragrância floral</div>
<div class="MsoNormal">
Nos teus passeios visita castelos proibidos</div>
<div class="MsoNormal">
Nos teus devaneios descubro a literatura</div>
<div class="MsoNormal">
Nos teus lábios procuro a doçura</div>
<div class="MsoNormal">
Nos teus banhos de mar nado em liberdade</div>
<div class="MsoNormal">
Nos teus sorrisos encontro a amizade<br />
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrRzt6hZaaI1quKocoW9Ba1n801pqXe8TarcCAA3_bNaVC9ZdWXprWPtq133BAJRCnQr-G0w74rbkUO4hQTiJohaPHYv4u2zFUiKp2AF9dVdmpxyLCvdy16muDAziViXuofT_pzOiKXsZO/s1600/10551046_833587833320015_5841593061741081258_n.jpg" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhrRzt6hZaaI1quKocoW9Ba1n801pqXe8TarcCAA3_bNaVC9ZdWXprWPtq133BAJRCnQr-G0w74rbkUO4hQTiJohaPHYv4u2zFUiKp2AF9dVdmpxyLCvdy16muDAziViXuofT_pzOiKXsZO/s1600/10551046_833587833320015_5841593061741081258_n.jpg" height="400" width="400" /></a></div>
</div>
Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-90603335143400015842014-09-22T10:31:00.000-07:002014-09-22T11:33:15.298-07:00Da série: Poesias em Alto Mar #1<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<div class="MsoNormal">
CANTO À MUSA #1</div>
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="MsoNormal">
Tua simpatia contagia</div>
<div class="MsoNormal">
Anda pela vida sonâmbula com o olhar perdido como criança</div>
<div class="MsoNormal">
Transporta receptáculos que recebem a essência da vida</div>
<div class="MsoNormal">
Percorre caminhos desconhecidos, sem saber onde irá chegar</div>
<div class="MsoNormal">
De estação em estação limpa a poeira do café matinal </div>
<div class="MsoNormal">
Fala com todos sem nunca cansar</div>
Procura todas as noites um amigo para abraçar<br />
<div class="MsoNormal">
<br /></div>
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHN_pJDPSTxYOZivveBoFkcrBZTgoQ5I17wXYkGK_IBuwLMaE0bYVLjOjHtybtP9gD_j7zUHqmZDy4A-mDT9vPrfOCCbfokD-tzWu4Z3kWPhFGOdA3xyeNDN_FQazrMYac0lgEb8uELAb1/s1600/20140728_040714c.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhHN_pJDPSTxYOZivveBoFkcrBZTgoQ5I17wXYkGK_IBuwLMaE0bYVLjOjHtybtP9gD_j7zUHqmZDy4A-mDT9vPrfOCCbfokD-tzWu4Z3kWPhFGOdA3xyeNDN_FQazrMYac0lgEb8uELAb1/s1600/20140728_040714c.jpg" height="320" width="181" /></a></div>
</div>
Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-20394779671286964482013-09-14T12:36:00.000-07:002013-09-14T12:38:42.361-07:00Frase da semana # 12<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
"A história é um pesadelo do qual estou tentando acordar."<br />
"History is a nightmare from which I am trying to awake." Stephen Dedalus character from Ulysses (episode 3), from James Joyce</div>
Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-68035167641880926322012-11-02T07:28:00.002-07:002012-11-02T07:34:48.183-07:00Frase da semana # 11<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<span style="background-color: #f9f7f0; color: #7a7a7a; font-family: Georgia, Times, serif; font-size: 14px; line-height: 21px;">"Um passo à frente e você não está mais no mesmo lugar." - Chico Science</span></div>
Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-88939708370517707672012-04-28T23:39:00.001-07:002012-04-28T23:39:22.712-07:00O FILÓSOFO E A MONTANHA.<div dir="ltr" style="text-align: left;" trbidi="on">
<br />
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O Rio de
Janeiro é cheio de eventos. Eles ocorrem o ano todo e são os mais diversos
possíveis. Esta semana, estou participando como voluntário da <a href="http://www.semanademontanhismo.com.br/">1º Semana Brasileira de
Montanhismo</a> e tem sido uma experiência enriquecedora. Não sou nenhum
montanhista experiente, muito menos um grande escalador, mas já tive algumas
aventuras. Não cabe aqui citar todas elas. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Talvez, a
título de curiosidade, a primeira delas seja interessante mencionar. Minha mãe
conta que quando eu tinha cerca de dois anos de idade ela estava no trabalho e
recebeu uma ligação da irmã, que tomava conta de mim dizendo que fosse para
casa o mais breve possível. Quando ela chegou, eu estava no topo de um armário
muito alto, com quase três metros de altura. Minha tia não podia me tirar de lá,
pois ela é deficiente física e usa cadeira de rodas. Aquele foi o momento
crucial em que minha mãe decidiu largar o trabalho e ir morar no interior, onde
considerava mais seguro para criar o filho. Na época, nós moravámos no 11º
andar em um apartamento pequeno na rua Demétio Ribeiro em Porto Alegre, o mesmo
apartamento em que eu voltaria a morar anos depois.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Considero que
a aventura descrita acima foi minha primeira escalada. A medida que o tempo foi
passando, essas aventuras foram ficando maiores e sonhos que pareciam
impossíveis começam a ficar mais próximos da realidade. No momento, ainda não
tenho nenhum equipamento para a prática do esporte, mas tenho muita vontade de
aprender cada vez mais sobre essa modalidade. E é a isso que venho me dedicado
esta semana.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Antes de
conhecer minha esposa Fiona, escalar me pareceia algo intangível. Ela se
dedicou arduamente ao esporte, durante muitos anos, até sofrer um grave
acidente que a afastou. Com ela, recebi minhas primeiras lições teóricas e
ouvindo suas histórias fui contaminado pelo desejo de viver essas experiências.
Foi ela que me deu incentivo para ir primeiro para um muro de escalada e depois
para a pedra. Após esse empurrãozinho inicial, venho dando meus primeiros
passos independentes para tentar progredir no esporte.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
No inicio
deste mês, Fiona, eu e o famoso alpinista <a href="https://www.facebook.com/pages/Nigel-Vardy/138727345423">Nigel Vardy</a>
passamos um final de semana fazendo escalaminhadas pelo <a href="http://www.parquenacionaldoitatiaia.com.br/">Parque Nacional de Itatiaia</a>.
Tive a oportunidade de subir no Pico das Agulhas Negras, mas não cheguei a
atingir o cume. Meus parceiros estavam se sentindo mal e após pegar uma série
de chaminés muito escorregadias pela frente, sem ninguém para me dar segurança
achei melhor voltar. A coisa mais importante na escalada é continuar vivo. Em
segundo lugar não sofrer acidentes. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Para se
aventurar é preciso aprender a ter responsabilidade sobre os tipos de riscos
que corremos e se queremos assumi-los, ou não. Sempre tendo em mente que
estamos colocando em risco, potencialmente a vida de outras pessoas também. Mesmo
estando temporariamente afastado do sistema formal de ensino: as salas de aula
e a Academia, permaneço matriculado, em tempo integral, na escola da vida e a
busca incessante pelo conhecimento continua. </div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
O objetivo de
subir uma montanha está, então, muito ligado a uma joranda solitária e
introspectiva de auto-conhecimento. Como filósofo, conhecer a mim mesmo é o
objetivo máximo da minha existência, para consequentemente conhecer o mundo ao
meu redor e enteragir com ele de maneira mais harmoniosa. Não sendo, obviamente
nem um pouco original nesse propósito, apenas assumindo as orientações do filósofo
Sócrates que, por sua vez, tomou esta máxima de uma inscrição no oráculo de
Delfos dedicado ao deus Apolo.</div>
<div class="MsoNormal" style="text-align: justify; text-indent: 35.4pt;">
Durante o
evento desta semana tive a oportunidade de assistir a apresentação de
escaladores fantásticos como: Jim Domini, Sérgio Tartari, Alexandre Portela,
Colin Haley, entre outros, que relataram algumas de suas conquistas. Para mim,
as coisas que esse caras já fizeram estão a anos-luz de distância das minhas
modestas ambições como escaldor. Minha maior ambição pessoal é subir o
Aconcágua, pois considero uma montanha emblemática na América Latina (mas não
decidi ainda qual das faces). Quando estarei preparado material/físico e financeiramente
para realizar este sonho, ainda não sei. Mas, com as lições que venho tomando,
acho que em no máximo cinco anos essa ambição se tornará viável. Enquanto esse
tempo não chega, vou ficar mandando algumas das vias nas enconstas aqui da
cidade e seguir apendendo com os melhores.
</div>
</div>Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-78086553279035523442012-03-04T04:41:00.003-08:002012-03-05T02:29:05.264-08:00Relaxa e Chora<div style="text-align: center;"><span><u><br /></u></span></div><br /><div style="text-align: center;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZNqJ5AzdiASmCk8doF3QdJOxlKZ-d7C8zklcwczqwb9mZ5Hny4Rpc2rf6-1qGuseoPJHBInS1DHE5AEuN1WW8QkGPHzd0UjyqkNDdZN3vxxttB4iq5YoYOJyACP_4doajpTZBt6lem8mC/s1600/serra+burns.jpg" style="text-align: left; font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; "><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 226px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZNqJ5AzdiASmCk8doF3QdJOxlKZ-d7C8zklcwczqwb9mZ5Hny4Rpc2rf6-1qGuseoPJHBInS1DHE5AEuN1WW8QkGPHzd0UjyqkNDdZN3vxxttB4iq5YoYOJyACP_4doajpTZBt6lem8mC/s320/serra+burns.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5716354878599452306" /></a></div><div><div style="text-align: center;"><br /></div><span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 100%; ">Ler o jornal quando não é revoltante, muitas vezes, acaba sendo deprimente. A política brasileira parece que estagnou definitivamente. Enquanto o PT ainda consegue criar um nome novo aqui e ali, no meio da avalanche de escândalos ministeriais do governo Dilma, no PSDB parece que não existe partido sem o Serra. Mais uma vez o clone do Mr. Burns vai concorrer a prefeitura de São Paulo.</span></div></span><div style="text-align: center; "><br /></div></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjZNqJ5AzdiASmCk8doF3QdJOxlKZ-d7C8zklcwczqwb9mZ5Hny4Rpc2rf6-1qGuseoPJHBInS1DHE5AEuN1WW8QkGPHzd0UjyqkNDdZN3vxxttB4iq5YoYOJyACP_4doajpTZBt6lem8mC/s1600/serra+burns.jpg" style="font-size: 15px; font-family: Georgia, serif; "></a><div><div style="text-align: justify;"><span><span style="font-size: 100%;">Para quem não lembra ele foi eleito nas eleições de 2004 e apenas 15 meses depois deixou o cargo para concorrer a governador. Agora ele vai tentar mais uma vez se eleger. Mesmo eleito, se alguém acredita que ele cumprirá o mandato até o final está enganado, pois ele já demonstrou que a prefeitura é só um trampolim eleitoral para se manter na mídia. </span></span></div><div style="text-align: justify;"><span><span style="font-size: 100%;">A falta de novos nomes com soluções originais para os grandes problemas das grandes cidades demonstra a esterilidade intelectual da política brasileira e a estrutura feudal dos partidos políticos que se concentram em uma só figura "carismática". </span></span><span style="font-size: 100%; ">Acho essa candidatura um tino no pé. Serra estará trabalhando pra consolidar o lulismo que se propagou no poder. </span><span style="font-size: 100%; ">Pelo menos dessa vez o PT teve um pouco de bom senso e não vai botar a ministra Relaxa e Goza na disputa e escolheu o Ministro do Enem Fracassado.</span></div></div><div><div style="text-align: center; "><br /></div></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCCeJr1r-xuUN-tTg6h2HPy6arBPx9mujKaIFy30draz3raF8gsZY1NyYvOCTsPgyjRf5j-zy6IQOCTLryQ1Hhe7Yl0rqMxUMU0vr1vLQe9CT9heBCiZp3uIvrz7jhQlnUetg2rgXg1FJU/s1600/VacaChorando.jpg"><div style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; "><div style="text-align: center; "><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCCeJr1r-xuUN-tTg6h2HPy6arBPx9mujKaIFy30draz3raF8gsZY1NyYvOCTsPgyjRf5j-zy6IQOCTLryQ1Hhe7Yl0rqMxUMU0vr1vLQe9CT9heBCiZp3uIvrz7jhQlnUetg2rgXg1FJU/s320/VacaChorando.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5716354886659854946" style="text-align: justify; display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; cursor: pointer; width: 300px; height: 215px; " /><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgN-fLTJY2s1CNjcN0nnll8nPEAQnFrfHPAI8OnKH8SToV-w5RlMOH9_aZXebGxMVEB04ubQ92Hjj497lzuCL1gRhWwdz8GXgvq7fURuEajYy4brLUORlr2HtKgcxgFY4TeF6tbw74vYX6Z/s320/Haddad.jpeg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5716354891250235602" style="text-align: justify;display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; cursor: pointer; width: 320px; height: 312px; " /></div></div></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCCeJr1r-xuUN-tTg6h2HPy6arBPx9mujKaIFy30draz3raF8gsZY1NyYvOCTsPgyjRf5j-zy6IQOCTLryQ1Hhe7Yl0rqMxUMU0vr1vLQe9CT9heBCiZp3uIvrz7jhQlnUetg2rgXg1FJU/s1600/VacaChorando.jpg" style="font-size: 15px; font-family: Georgia, serif; "><div style="color: rgb(0, 0, 0); font-family: 'Times New Roman'; font-size: medium; "><div style="text-align: justify;"><br /></div></div></a><div><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 100%; font-family: Georgia, serif; ">É esperar para ver. Façam suas apostas. No fim quem sai perdendo como sempre é o eleitor, que convencido de que voto é igual a democracia será obrigado a escolher entre o dois candidatos ruins. Mas tenham uma certeza, vermelhos ou azuis no poder a cidade mais populosa e rica do país continuará um caos, pois a estrutura dos partidos está condenada a falta de ideias e todos optam pela manutenção do feijão com arroz para garantir o status quo. Falto coragem para ousar.</span></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCCeJr1r-xuUN-tTg6h2HPy6arBPx9mujKaIFy30draz3raF8gsZY1NyYvOCTsPgyjRf5j-zy6IQOCTLryQ1Hhe7Yl0rqMxUMU0vr1vLQe9CT9heBCiZp3uIvrz7jhQlnUetg2rgXg1FJU/s1600/VacaChorando.jpg" style="font-size: 15px; font-family: Georgia, serif; "></a><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCCeJr1r-xuUN-tTg6h2HPy6arBPx9mujKaIFy30draz3raF8gsZY1NyYvOCTsPgyjRf5j-zy6IQOCTLryQ1Hhe7Yl0rqMxUMU0vr1vLQe9CT9heBCiZp3uIvrz7jhQlnUetg2rgXg1FJU/s1600/VacaChorando.jpg" style="font-size: 15px; font-family: Georgia, serif; "></a><div style="text-align: center; "><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCCeJr1r-xuUN-tTg6h2HPy6arBPx9mujKaIFy30draz3raF8gsZY1NyYvOCTsPgyjRf5j-zy6IQOCTLryQ1Hhe7Yl0rqMxUMU0vr1vLQe9CT9heBCiZp3uIvrz7jhQlnUetg2rgXg1FJU/s1600/VacaChorando.jpg" style="text-align: left; font-size: 15px; font-family: Georgia, serif; "></a></div></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCCeJr1r-xuUN-tTg6h2HPy6arBPx9mujKaIFy30draz3raF8gsZY1NyYvOCTsPgyjRf5j-zy6IQOCTLryQ1Hhe7Yl0rqMxUMU0vr1vLQe9CT9heBCiZp3uIvrz7jhQlnUetg2rgXg1FJU/s1600/VacaChorando.jpg" style="font-size: 15px; font-family: Georgia, serif; "></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCCeJr1r-xuUN-tTg6h2HPy6arBPx9mujKaIFy30draz3raF8gsZY1NyYvOCTsPgyjRf5j-zy6IQOCTLryQ1Hhe7Yl0rqMxUMU0vr1vLQe9CT9heBCiZp3uIvrz7jhQlnUetg2rgXg1FJU/s1600/VacaChorando.jpg"></a><div style="color: rgb(0, 0, 0); "><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCCeJr1r-xuUN-tTg6h2HPy6arBPx9mujKaIFy30draz3raF8gsZY1NyYvOCTsPgyjRf5j-zy6IQOCTLryQ1Hhe7Yl0rqMxUMU0vr1vLQe9CT9heBCiZp3uIvrz7jhQlnUetg2rgXg1FJU/s1600/VacaChorando.jpg"></a><div style="text-align: center; "><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCCeJr1r-xuUN-tTg6h2HPy6arBPx9mujKaIFy30draz3raF8gsZY1NyYvOCTsPgyjRf5j-zy6IQOCTLryQ1Hhe7Yl0rqMxUMU0vr1vLQe9CT9heBCiZp3uIvrz7jhQlnUetg2rgXg1FJU/s1600/VacaChorando.jpg"></a><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-Jfs1n7hPaYKVVDga7ZrOKfDTFy3PadSmCeGmA5637A4fo58hTw2shLkI8jzpx-TJbl1sFYhSlS1XumaVhbO3KdBkeV3Lpbr1lMNOAdbhSAUaR5-rwdL3xjULAwh9Qe3_CNCXcK-JEn8k/s1600/ciclista+morta+450x338.jpg" style="text-align: left; "><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi-Jfs1n7hPaYKVVDga7ZrOKfDTFy3PadSmCeGmA5637A4fo58hTw2shLkI8jzpx-TJbl1sFYhSlS1XumaVhbO3KdBkeV3Lpbr1lMNOAdbhSAUaR5-rwdL3xjULAwh9Qe3_CNCXcK-JEn8k/s320/ciclista+morta+450x338.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5716355725072344226" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px; " /></a></div></div><div></div><span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 100%; ">Enquanto isso, os ciclista seguem sendo atropelados e morrendo na Av. Paulista e ainda por cima são acusados pela revista de Veja de serem agressivos quando se juntam.(1) Enquanto que os veículos automotores continuam a ser agressivos individualmente pela sua própria natureza todos os dias. Mas um dos maiores veículos impressos do país precisa defender o automóvel já que a receita paga por eles constitui metade da receita da dita publicação. Ou seja, acusar os ciclistas indevidamente é um meio tendencioso deles assegurarem a própria existência e defender seus patrocinadores.</span></div></span><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCCeJr1r-xuUN-tTg6h2HPy6arBPx9mujKaIFy30draz3raF8gsZY1NyYvOCTsPgyjRf5j-zy6IQOCTLryQ1Hhe7Yl0rqMxUMU0vr1vLQe9CT9heBCiZp3uIvrz7jhQlnUetg2rgXg1FJU/s1600/VacaChorando.jpg"></a><div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCCeJr1r-xuUN-tTg6h2HPy6arBPx9mujKaIFy30draz3raF8gsZY1NyYvOCTsPgyjRf5j-zy6IQOCTLryQ1Hhe7Yl0rqMxUMU0vr1vLQe9CT9heBCiZp3uIvrz7jhQlnUetg2rgXg1FJU/s1600/VacaChorando.jpg"></a><div style="text-align: center; "><br /></div></div><div><br /></div><div style="text-align: justify;"><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhCCeJr1r-xuUN-tTg6h2HPy6arBPx9mujKaIFy30draz3raF8gsZY1NyYvOCTsPgyjRf5j-zy6IQOCTLryQ1Hhe7Yl0rqMxUMU0vr1vLQe9CT9heBCiZp3uIvrz7jhQlnUetg2rgXg1FJU/s1600/VacaChorando.jpg"><br /></a></div><span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 100%; ">REFERÊNCIA</span></div></span><span><div style="text-align: justify;"><span style="font-size: 100%; ">(1)http://veja.abril.com.br/noticia/brasil/o-que-falta-para-ser-seguro-andar-de-bicicleta-em-sp</span></div></span></div>Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-62826595706275479432012-02-27T01:23:00.015-08:002012-02-29T19:18:28.469-08:00CARNAVAL: AFINAL, A MULTIDÃO SE JUNTA PARA QUÊ?<div style="font-family: Georgia, serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: center; "><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4V_ME7L6Jap-f8TT3DdKpjtb3Qt1yLWCGfCmwfWBgenecKqfB4a1Rvw9e1hRtHRYELQLOd_7zPw1MsR9sX0CrqVVhfc8accYkRsSGrS_GbzZPn-4_Bn5DUFX4VYJ557imH7AArIV7nJJ4/s1600/15_21_ghg_mono.jpg" style="text-align: left; "><span><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 180px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh4V_ME7L6Jap-f8TT3DdKpjtb3Qt1yLWCGfCmwfWBgenecKqfB4a1Rvw9e1hRtHRYELQLOd_7zPw1MsR9sX0CrqVVhfc8accYkRsSGrS_GbzZPn-4_Bn5DUFX4VYJ557imH7AArIV7nJJ4/s320/15_21_ghg_mono.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5713754146346176322" /></span></a></div><div style="font-family: Georgia, serif; "><div style="font-family: Georgia, serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span><u><br /></u></span></div><div style="text-align: justify; text-indent: 47px; "><span style="text-indent: 35.4pt; "><span><span>Já me disseram que meu método de pesquisa filosófico-antropológica acabaria me matando um dia. Enquanto esse dia não chega, eu continuo tentando entender por que as pessoas fazem o que elas fazem, pois, convenhamos, muita gente faz coisas </span>incompreensíveis<span>, porém antes de julgá-las o melhor a fazer é tentar entendê-las. E, se possível, fazer o que elas fazem para entendê-las intimamente.</span></span></span></div><p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span>Não quero dar um de "Freud da Humanidade" e colocar todos no divã, mas fazer algo só porque os outros fazem é ridículo. Temos que fazer algo que tenha um sentido para nós. Nem que o sentido seja criado <i>a posteriore</i>, mas então que pelo menos haja uma intenção.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span> Este ano resolvi pular Carnaval com a intensão de descobrir o que as pessoas comemoram, afinal sei muito bem no país em que vivo e tirando os recursos naturais o Brasil tem pouco a celebrar. </span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span style="text-indent: 35.4pt; font-family: arial; ">Após essa rápida introdução, passo agora para o relato da minha experiência durante o Carnaval carioca 2012. Comecemos pelo final, domingo 26/02/2012 (o resto no momento é irrelevante). Depois de sair do trabalho às 7h da manhã, passei em casa e fui para o centro da cidade, onde estava tocando um dos blocos mais populares o MONOBLOCO.</span></p></div><div style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span> Inicialmente pensei que as pessoas gostassem de Carnaval pela questão sexual envolvida. As pessoas bebem, se vestem diferente, dançam, encontram um parceiro e transam. Basicamente um comportamento primitivo e animalesco da dança do acasalamento. Mas estando no meio da coisa toda, deu pra ver que há outros elemtos em jogo. Mesmo que a intenção orginal de todos (seja ela consciente ou não) envolvidos seja encontrar um parceiro sexual para a satisfação do desejo, muitos mascaram essa vontade alegando que sua única intenção é a diversão. Pois bem, a diversão a que se referem não é o prazer hedonista do álcool, nem o sexo “fácil”. Já que álcool em abundância pode ser ingerido em qualquer época do ano, nos mais variados locais.</span></p> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span> Acho que o que faz as pessoa se reunirem, em primeiro lugar vem a vontade de fazer parte algo muito maior do que si mesmo. Um desejo de retorno ao estado primordial de anulação do seu eu. Literalmente querem se perder na multidão. É como ter uma identidade superior e abrangente, se assemelha a fazer parte de um país, ou time de futebol e ir ao estádio e depois, quando falam em brasileiros, flamenguistas, corinthianos, as pessoas sentem-se parte desse todo, que é na verdade um grande EU COLETIVO, formado por diversas singularidades anônimas.</span></p><div style="font-family: Georgia, serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "></div> <p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify; "><span><span><span>Se viajar no metrô sentido Zona Norte do Rio de Janeiro me fez descobrir como é que </span></span><span><span><span>uma pasta de dente se sente ao sair do tubo quando ele é comprimido, participar do MONOBLOCO me fez lembrar como era ser um espermatozoide 28 anos atrás. Obviamente eu não tive uma recordação genuina, mas as condições reproduzidas me fizeram sentir como se eu estivesse em uma reencenação do momento da </span>concepção<span>.</span></span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify; "><span style="text-indent: 35.4pt; "><span><span>Seguir o MONOBLOCO foi uma mistura de sauna mista ao ar livre com drenagem linfática intensa. Um bando de indivíduos, meninos, meninas e o terceiro sexo, todos juntos comprimidos em um espaço apertado sendo empurrados como em uma onda incontrolável, suando sob um calor de 40 graus ao sol do meio-dia seguindo um carrinho de som tocando músicas na maior parte do tempo </span>inaudíveis<span>. Depois de uma hora tentando sobreviver enquanto desenvolvia alguns pensamentos eu desisti. E esse foi o tempo que levei para andar cerda de dois quarteirões apenas.</span></span></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify; "><span><span style="font-family: arial; ">Me chamem de chato, mas eu não chamaria a experiência de diversão. A maior parte do tempo foi assustador. Se alguém caísse, certamente seria pisoteado, se houvesse briga seria espancado, se houvesse um ataque terrorista... enfim. Parece perigosa a ideia de botar tanta gente junta. Mesmo que a princípio todos ali envolvidos saibam previamente o que irá acontecer e tem a intenção de se divertir, o resultado nem sempre é condizente com o esperado. Podem achar que não me diverti porque estava sozinho, mas se estivesse com amigos ou namorada, não demoraria muito a perdê-los no meio do mar de gente. Eu não conheci ninguém legal, não beijei ninguém e mal consegui tomar uma cerveja sem me babar todo. Sem falar na chuva de cerveja que ocorria em pancadas esporádicas ao londo de todo o percurso. Eu mal ouvi as músicas que eles tocaram. Isso que eu cheguei bem perto do carro de som, o mais perto possível. </span><span style="font-family: arial; ">Tudo isso a troco de que? De pular Carnaval no Rio. No meio de toda aquela gente, pular se transforma em é uma questão de sobrevivência.</span></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; text-align: justify; "><span style="font-family: arial; ">Pareceria apenas insano, ou incompreensível que pessoas viagem quilometros de distância, façam reservas em hotéis, pousadas e albergues, durmam mal se alimente precariamente, gastem um monte de dinheiro, isso se não houvesse uma explicação.</span></p></div><div style="font-family: Georgia, serif; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><div style="text-align: center; "></div><div style="text-align: justify; "><span><br /></span></div> <div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjJvPnXADWs3Qm_QEn7fq-F8x4_37PqRE5_W-6LsC3-zWYjY05pMixbVoQ-G4xy3Z0NO8BniWx0bnUoqdK6VEyh5N4xj20_IrjZxY2ukyBQrHd4_kPZBN0qeqWoaYlOxAXH70L785H0K-r6/s320/islamismo-meca.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5713754148548364162" style="text-align: justify;display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; cursor: pointer; width: 320px; height: 213px; " /><div style="text-align: center; "></div></div><div style="text-align: justify; "><span><br /></span></div><div></div><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span>A única conclusão que chego é que pessoas gostam de aglomerações. Seja em Tahrir Square durante a primavera árabe por questões políticas, seja nos jogos de futebol pelo amor ao esporte, seja durante os shows do Rock in Rio pela admiração a arte, seja lá onde for, as pessoas gostam de ficar se espremendo no meio de multidões por motivos distintos. Todos juntos suando e se roçando com uma finalidade em comum. Como o Brasil é um país feliz e sem problemas, as pessoas apenas se juntam para transpirar juntas. No Carnaval a multidão se junta para nada, se junta para se juntar. Se aqui fosse outro lugar, as pessoas continuariam a se juntar, mas por motivos diferentes.</span></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span style="font-family: arial; ">Isso pode não ser nenhuma grande descoberta, mas o fato político mais marcante que isso demonstra é que as pessoas no Brasil só se reunem para fazer festa. Pois para juntar mil pessoas para protestar contra qualquer uma das muitas coisas erradas nesse país demanda um grande trabalho de persuasão. As pessoas acham perda de tempo lutar pelos seus direitos. Mas para se “divertir” todos sempre parecem ter tempo o suficiente para gastar.</span></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; "><span><o:p></o:p></span></p><div><div style="text-align: center; "></div></div><div><div><div style="text-align: center; "><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi6x7kzk6xApFHv1UU1GPiGpXvvFg3khbiD1hmtFuRENn-si804fH1b49UDFDBsQkmHl61AIVSjmldJPM8Ma5CSdoiEhEoTCL4z6LZZYG5zqhI4yLjNN1Bg8ZyxGzxKCeF_rN12axlkbYou/s320/monobloco2.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5713754152183138578" style="text-align: justify;display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; cursor: pointer; width: 320px; height: 240px; " /></div></div></div><div style="text-align: justify; "><span><br /></span></div> <p class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; "><span>Poderia me ater a falar das “maravilhas” Carnaval, mas este papel eu deixo reservado para a grande mídia, e poderia falar da alienação do Carnaval, mas este é o discurso dos esquerdistas intelectualódes.</span></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; "><span style="font-family: arial; text-indent: 35.4pt; ">Então fica aqui a minha singela contribuição, vamos continuar celebrando a cada Fevereiro e feriado como idiotas, pois está tudo bem. O país não tem problema algum é tudo festa. Vamos fazer do Brasil um país internacionalmente conhecido por sua alegria e tolerância. Pois aqui, para as coisas serem consideradas ruins elas têm que estar pior, muito pior do que deveria ser o tolerável.</span></p><p class="MsoNormal" style="font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; "><span><span style="text-indent: 35.4pt; ">A minha maior insatisfação com o Carnaval é essa: pra juntar meio milhão de pessoas sem motivo nenhum, é fácil, para juntar esse mesmo número de pessoas por alguma razão realmente importante é quase impossível. Se isso faz sentido para você me explique, pois pra mim não faz o menor sentido. E viva o Brasil: o país do </span><i style="text-indent: 35.4pt; ">nonsense</i><span style="text-indent: 35.4pt; ">! E ano que vem tem mais Carnaval. Só não esqueçam esse é um ano de eleições...</span></span></p><p class="MsoNormal" style="font-family: Georgia, serif; font-size: 100%; font-style: normal; font-variant: normal; font-weight: normal; line-height: normal; text-align: justify; text-indent: 35.4pt; "><o:p></o:p></p></div>Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-7358726515718013712011-12-26T22:55:00.000-08:002011-12-26T23:13:56.397-08:00Sayonará Gangsters: Um exemplo da louca literatura japonesa contemporânea.<div style="text-align: center;"><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp4_8sYohD2_bYfexEIjVgyEQEZmaemMPUZpdPgWkJeLPT_dVrubcsJg_YlLQr9VDfyzhYRJPw5sPSG9eYEiFyHtX_f_T-L8mafaJn7OCHqA5rseYPQ6xz6vC6Mnl7ItXpxPF1FIRvuCqV/s1600/sayonara.jpg"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 226px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjp4_8sYohD2_bYfexEIjVgyEQEZmaemMPUZpdPgWkJeLPT_dVrubcsJg_YlLQr9VDfyzhYRJPw5sPSG9eYEiFyHtX_f_T-L8mafaJn7OCHqA5rseYPQ6xz6vC6Mnl7ItXpxPF1FIRvuCqV/s320/sayonara.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5690698941704928290" /></a><div style="text-align: -webkit-auto;"><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span><i>Sayonará Gangsters</i> de Genichiro Takahashi é uma história despretensiosa. Nas primeiras palavras começamos a ser conduzidos por um obra que não sabemos onde nos levará. A narrativa inventiva e criativa, vai nos conduzindo com sua naturalidade ao absurdo, como se vivêssemos dentro dos sonhos de alguém. Podemos dizer que o livro não possui diversos méritos, entretanto é impossível mesmo para a mente perspicaz do mais exímios enxadrista da atualidade considerar os movimentos da história previsíveis.</p></div><div><div style="text-align: center;"><span ><u><br /></u></span></div> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> O título Sayonará Gangsters é o nome do personagem principal. Quem deu a ele esse nome foi sua namorada Song Book de Miyuki Nakajima. Eles vivem em uma época em que as pessoas não recebem mais nomes colocados pelos pais quando nascem, e elas também já não se autonomeiam mais como antes. Agora são os amantes dão nomes uns aos outros.</p><div style="text-align: center;"><span ><u><br /></u></span></div><div></div> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> Song Book durante muito tempo viveu com um gângster. Agora ela não quer mais ser um gângster. Sayonará Gangster é professor numa escola de poesia. Ele escreve poesia, para ele "escrever poesia é algo patológico". Ele tem alunos de todos os tipos vindos do universo inteiros. Entre eles estão a senhora com o MONSTRO DE GILA, gêmeos quíntuplos indistinguíveis, uma colegial (cujo pai, a mãe, e os avós são psicanalistas) que recebe estranhas ligações de um homem (que não passam de ilusões criadas pelo seu desejo sexual), um astrônomo, um refrigerador que é a reencarnação do poeta Virgílio, a coisa Incompreensível, um jupteriano (com novas definições de tempo, morte e gênero), um espião da CIA, infiltrado na KGB que namora uma espiã da KGB infiltrada na CIA.</p><div style="text-align: center;"><span ><u><br /></u></span></div> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> Todos tem em comum a vontade de serem poetas. Mas a poesia não é uma ciência exata e as lições que se deve aprender para exercer esta arte são personalizadas e cada aluno precisa ouvir algo diferente. Cabe ao professor problematizar o processo muito mais do que apresentar soluções. Só que as aulas se concentra na segunda parte do livro. Esqueci de mencionar algo importante. Um vampiro mora na sala ao lado. Mas quem tem medo de vampiros? </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> A primeira parte nos apresenta o personagem principal e seu envolvimento com a nova namorada. Eles tem um gato, Henrique IV. O gato do casal tem muita personalidade e gosta de ler o jornal todas as manhã.</p></div><div><div style="text-align: center;"><span ><u><br /></u></span></div> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> O casal tem uma filha, após a gravidez relâmpago de Song Book que durou um dia. O bebê pula para fora da barriga e em poucas horas já está falando. O nome dela é Caraway para ele e Mindinho Verde para ela. Após um período divertido em que o casal passa junto com a nova menininha, eles recebem uma carta da prefeitura, pela manhã, avisando que naquela mesma noite, a criança iria morrer. É assim que as coisas funcionam nessa realidade e com a menina morta Sayonará Gangster parte para o cemitério que lembra mais uma loja de departamentos onde são depositados os corpos. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> Na terceira e última parte os antigos compassas de Song Book retornam para buscá-la e durante muitas páginas vemos correr um rio de sangue até o catastrófico e revelador final.</p><div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpLreI3T6zpaE0GD2bJEunimX9jEgc4RssZTE6fDClj1LpbHNmjyuWkKnpCC_-e9XsnCw5SalPGyvC2eV_x3X7R6HFfIQIoVwEiJtIORNBDBotEJxFZy6EloEkKBCJGEyixP5kpwj2PLOE/s320/KickstarterHAZpic.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5690702652770202290" style="color: rgb(0, 0, 238); text-decoration: underline; display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 315px; height: 320px; " /></div><div></div><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">No final do livro Henrique IV muda e que muito um ler um livro de contos de Thomas Mann.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> A história parece completamente despretensiosa, a primeira vista, mas convida o leitor a aceitar como natural os maiores absurdos.</p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Os capítulos são curtíssimos, alguns com uma linha, ou com uma frase. A leitura é o mais fácil possível. E os estranhamentos desaparecem a medida em que nos sentimos confortáveis num ambiente nos todas as contradições são permitidas e onde as barreiras da lógica foram rompidas. Uma boa leitura para que quiser tirar férias de literatura convencional e se deleitar com um livro original e em alguns momentos com ideias muito delicadas.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">As três melhores frases do livro para mim são:</p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">“Todos aqueles que durante longo tempo experimenta dificuldades na vida acaba se tornando malévolo.” </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">“Quando começarem a fazer celas de tamanhos diferentes, não conseguiremos mais distinguir prisioneiros de guardas.”</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">“É enfadonho ter um único nome.”</p></div>Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-9870725010180237382011-12-26T19:43:00.000-08:002011-12-26T21:49:12.320-08:00Seguindo os passos de Machado de Assis<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiteDuq6IIQeDUF37IWEQw84OqN9S7sgR9d30dX5Z3Gk5YXrX0CfaDxC7s4iAIatN49szTXm3Y_I2pr6ov7A7xH7TU1b3H1j80ubyY4nIc3KKfdfgeGF6pf21p758ErHckErw7YSwwI7exr/s1600/ilustra2809.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 241px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiteDuq6IIQeDUF37IWEQw84OqN9S7sgR9d30dX5Z3Gk5YXrX0CfaDxC7s4iAIatN49szTXm3Y_I2pr6ov7A7xH7TU1b3H1j80ubyY4nIc3KKfdfgeGF6pf21p758ErHckErw7YSwwI7exr/s320/ilustra2809.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5690674340221985730" /></a><br /><div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;"><span><b><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span>M</b></span>achado de Assis é um dos meus atuais objetos de estudo. Acabo de ler a Biografia <i>Machado de Assis: um gênio brasileiro</i> do jornalista Daniel Piza. Achei-a excelente. Gostei do ritmo ágil e moderno com que o livro foi escrito, e apreciei a clareza com que os fatos são apresentados. Muitas vezes, o que ocorre nas biografias é que elas abandonam o personagem retratado – depois de uma breve contextualização da época ao qual ele está inserido – solto no tempo. Neste caso, Piza faz uma introdução satisfatória sobre as mudanças de cada época e apresenta a forma com que elas influenciaram na escrita de Machado, principalmente em relação as crônicas que foi o gênero literário em que o autor certamente foi mais prolífico.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="white-space: pre; "> </span>O texto não chega a ser tão específico sobre a intimidade de Machado a ponto de nos dizer as cores das cuecas que ele usava ou o que ele comia no café da manhã, até porque ele era uma pessoa reservada (mas estas são ordinariedades que a ninguém mais interessam, apenas a um pesquisador obcecadamente detalhista como eu). Tais miudezas, talvez seja inacessíveis se tratando de Machado, um pessoa que sempre manteve sua privacidade resguardada. Dessa leitura, além de Machado como grande cronista, o que emerge para mim é o sofrimento do autor por causa dos problemas de saúde; os ataques epiléticos constantes, as dores no estômago por causa dos remédios fortes e as inflamações na visão, forma problemas que o impediam de trabalhar por grandes períodos. Mesmo assim ele sempre manteve uma produção vasta, publicando em média um livro a cada dois ano, entre romances, contos, poesias, peças de teatro e traduções (sem falar nas crônicas semanais publicadas em jornais).<span style="white-space: pre; "> </span></p><div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiHoOd_JkcvBkgPvvK2nbhl-JmizJFSSgM7RGsuB-VcRXTQoPjF3sQPjYiHSiG2Rs_ts5-QjwFh91Etnv1vRVNesTZFWtbrKe2W-yw1halVc2oUxyRVmAQdzslycpnFyUWyJm83x-InSJCp/s320/21470637_4.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5690674567358039698" style="color: rgb(0, 0, 238); text-decoration: underline; float: left; margin-top: 0px; margin-right: 10px; margin-bottom: 10px; margin-left: 0px; cursor: pointer; width: 320px; height: 320px; " /></div><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> Machado era um abolicionista, mas monarquista. Ele era um cético. Não tinha o otimismo ingênuo de crer que a mudança das pessoas no comando alteraria a índole dos políticos. Machado considerava o país imaturo e sem uma tradição para virar uma democracia. Mesmo tratando de temas relevantes para a política nacional em suas crônicas, Machado parece abster-se de um posicionamento mais rígido entre um lado e outro de algumas questões. Não faz uma campanha para as melhores condições dos escravos libertos, não escreveu uma linha sobre a Revolta da Armada e na Guerra do Paraguai adota uma postura nacionalista e ufanista. Machado não ignorava alguns dos graves problemas nacionais, mas preferia comentar como se estivesse observando tudo de fora, ou fingindo que o problema não existia. Nesse sentido Ângelo Agostini da Revista Ilustrada era muito mais combativo e engajado no debate sobre a luta por transformações políticas e sociais. Acho que por ser um funcionário público, ele evitava fazer inimizades ou críticas severas que angariassem prejuízos para sua vida pessoal. Se ter consciência de um problema grave e ignorá-lo propositalmente para não se incomodar é um pecado, podemos eleger a omissão com um dos defeitos machadianos. Não uma falha enquanto autor, ou literato, mas uma falha enquanto humano que compactua com atrocidades sem levantar sua voz de maneira firme e incisiva contra elas.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre; "> </span><span style="white-space: pre; "> </span>Por causa dos problemas de saúde, por covardia, ou para fazer um tributo ao filósofo Sócrates, Machado jamais afastou-se do Rio de Janeiro. Assim como o sábio grego nunca deixou Atenas, e até preferiu a morte ao invés de abandonar sua cidade, o ilustre morador do Cosme Velho, salvo raras exceções, quase nunca se afastou da capital do Império. Ele passou temporadas em Friburgo, Petrópolis e Barbacena, em geral para se recuperar dos problemas de saúde. Todos destinos como um raio de distância inferior a 300 Km de distância. Esta falta de visão do mundo exterior através dos próprios olhos, davam-lhe certo provincianismo existencial, mas não intelectual. Pois ele lia os jornais franceses, traduzia os melhores literatos do francês e do inglês, estudava grego, enfim, era um homem da cultura. Viajava através do pensamento para o passado distante e vivia as aventuras de seu tempo através da vida dos personagens da literatura universal.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="white-space: pre;"> </span><span style="white-space: pre; "> <a href="http://3.bp.blogspot.com/-%20%20S8QQWj2Z7zw/TvlYUsU5TGI/AAAAAAAAARo/6_DlQuRcvKM/s1600/gal_5249.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 150px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgEofHcy4B13RSf7keHTOQC0Pdn4PpvjWScdIUZv56S2wae7gNEo-nzmYz6T9E3-QysEXHs0twficn14J0QrTUlaFZ-3guxDirFp3KIaPBdxoRhvhcEfuUOVpGkafFHeL_IzTmXBqc5njO5/s320/gal_5249.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5690676716678761570" /></a><br /></span><span style="white-space: pre;"> </span>Talvez, meus leitores pensem que estou sendo muito severo em minhas observações, mas estou mais interessado na psicologia do homem, do que na manutenção do mito, ou na revelação da identidade do autor, por isso dou-me a liberdade de fazer algumas suposições extravagantes.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="white-space: pre;"> </span>Uma das viagens de Machado teve um significado particular, quando partiu em 1880 para Nova Friburgo, ele sentia-se quase morto quando. Ele já não mais percebia-se parte do mundo dos vivos. Foi assim, de tal estado psiquico, que nasceu a grande virada na sua obra e surgiu Brás Cubas. No mesmo período de intenso sofrimento, foi também redigido O Alienista, um dos seus contos mais celebres. Machado prova sua genialidade ao supera um período de grave dificuldade física do qual emergiu, após intenso sofrimento, com duas sensacionais obras de arte. Peças da literatura nacional que continua a ser lidas, referidas e estudadas como marcas na mudança dos rumos das letras no país.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Na primeira, o autor personagem Brás Cubas vai traçando o próprio perfil, e Machado nos apresenta um homem que pode falar sem papas na língua por ter a liberdade que só a morte permite. Na segunda, um<span style="text-indent: 35.4pt; ">a verdadeiro estudo sobre a loucura e uma crítica a ciência dogmática são expostos através da exposição dos experimentos do alienista Simão Bacamarte.</span></p></div><div> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt">Não perderei meu tempo como comentários longos sobre esta duas obras muito bem conhecidas, nem tampouco falarei da ironia de machadiana, um lugar tão comum na análise literária que parece já não haver mais nada ser dito sobre este ponto. Também não perguntarei mais uma vez a eterna dúvida: “Capitu traiu, o<span style="text-indent: 35.4pt; ">u não</span><span style="text-indent: 35.4pt; "> traiu Bentinho?”. Menterei-me na superficialidade nos comentários desavergonados. Apenas destaco que a biografia não me esclareceu a origem do apelido Bruxo do Cosme Velho, que pelo que saiba foi uma atribuição póstuma que partiu de Carlos Drummond de Andrade, por razões que ainda me inquietam.</span></p><div><div><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjBhGLDOQpDd0FwdEFPRjvIIvXTPpiwvXf4tO_iKMW94uBBn-ytA9n-E7SqrEj2_UkYf3LkErvN2oov96crJc1zKquylgQ5zOW9rKwvf-daF0aXKwUR2ad5_NzY2rrrbd6w3KYPyFZuutlx/s320/machado-bernadelli.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5690678425588081298" style="text-align: justify; white-space: pre; float: right; margin-top: 0px; margin-right: 0px; margin-bottom: 10px; margin-left: 10px; cursor: pointer; width: 320px; height: 280px; " /></div><div></div></div><div></div><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span style="text-indent: 35.4pt; "><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span style="text-indent: 35.4pt; ">A presente biografia também não menciona em nen</span><span style="text-indent: 35.4pt; ">hum m</span><span style="text-indent: 35.4pt; ">omento as especulações sensacionalistas que recentemente foram defendidas por um pesquisador, se</span><span style="text-indent: 35.4pt; ">gundo a qual, Mário de Alencar, filho de José de Alencar, seria na verdade filho de uma relação extraconjugal de Machado de Assis com a esposa de Alencar. Em consequência de tal hipótese, o autor de tais suposições afirma que o romance Dom Casmurr</span><span style="text-indent: 35.4pt; ">o teria traços biográficos relacionados ao adultério cometido por Machado de Assis.</span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span style="text-indent: 35.4pt; "><br /></span></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt"><span style="text-indent: 35.4pt; ">Se o tal apelido tem alguma magia escondida, ou se as fofocas das más línguas de outrora tem eco no presente, isto no quadro geral, pouco acrescenta ao monumento que Machado representa na literatura nacional.</span></p></div><div> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><br /></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">REFERÊNCIA</p> <p class="MsoNormal">PIZA, Daniel. Machado de Assis: um gênio brasileiro. Ed. 2º. São Paulo: Imprensa Oficial SP, 2006. Número de páginas: 416</p><p class="MsoNormal"><span style="text-align: justify; ">Para maiores informações, leia o texto do jornalista Daniel Piza, autor da supracitada biografia, onde ele deleuzianamente faz a desconstrução de alguns mitos machadianos.</span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://blogs.estadao.com.br/daniel-piza/mitos-machadianos/">http://blogs.estadao.com.br/daniel-piza/mitos-machadianos/</a></p></div>Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-47588777727117590452011-11-27T18:23:00.001-08:002011-11-27T21:17:12.392-08:00Neverwhere de Neil Gaiman: uma fantasia urbana.<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmNZQXjbLu2G3trGP2KFcTxrc5e9cFn22PypIftD4B-jWJRSnoqdMFX3leMaiytxPgPPCj-gHuL4IEydl_91DKzpSMN8SafKYLVdfogWb96VNSizB94akPfJrIz_ADXIvreWs9BQO3lT2U/s1600/London-small.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:right; margin:0 0 10px 10px;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 191px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgmNZQXjbLu2G3trGP2KFcTxrc5e9cFn22PypIftD4B-jWJRSnoqdMFX3leMaiytxPgPPCj-gHuL4IEydl_91DKzpSMN8SafKYLVdfogWb96VNSizB94akPfJrIz_ADXIvreWs9BQO3lT2U/s320/London-small.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5679867244884324130" /></a><br /><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8Gx-lpBdyCRDQu-WTstO7GdN7Ue0rDpnFgnIHvqu-OY673xGT1zTBja5xNjLL64wCjSSomXZVo4Mf7sjCfmilSbW6iugTjQ8TYDMEg6liedE7Fo9rW3qSVvCvAPboKropbx_CWRM0MFPr/s1600/neverwhere1.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 198px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi8Gx-lpBdyCRDQu-WTstO7GdN7Ue0rDpnFgnIHvqu-OY673xGT1zTBja5xNjLL64wCjSSomXZVo4Mf7sjCfmilSbW6iugTjQ8TYDMEg6liedE7Fo9rW3qSVvCvAPboKropbx_CWRM0MFPr/s320/neverwhere1.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5679866998386827570" /></a><p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center">Neverwhere de Neil Gaiman: uma fantasia urbana</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> Tornei-me admirador da obra de Gaiman após ler algumas edições de Sandman. Esta semana terminei de ler o seu livro Neverwhere. Nele, todo um universo, com seus personagens, intrigas, perigos e existe em uma Londres alternativa abaixo da superfície. Em Londres Subterrânea (London Below), moradores de rua e outros habitantes tem uma sociedade completamente a parte do mundo da superfície, sem que sejam percebidos pelas pessoas de cima. Os ratos são os mensageiros desse mundo, eles caminham pelos túneis imundos dos esgotos levando e trazendo mensagens para as pessoas que conseguem se comunicar com eles.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> Os cenários descritos são fascinantes e amedrontadores. Um dos lugares mais interessantes para se visitar em London Below é o Mercado Flutuante (Floatig Market). Uma espécie de feira itinerante que todo semana muda de endereço. Podendo aparecer nos lugares mais inusitados como em Westminster Abbey, em Harrods, a loja de departamento mais cara e famosa de Londres (equivalente a Das Lú no Brasil.) ou no navio de guerra Belfast no meio do rio Thames. Dentro do mercado, há um pacto entre os grupos, portanto crimes não podem ser cometidos lá dentro, mas as pontes que levam até lá são os lugares mais perigosos que existem. As descrições dos subterrâneos são atmosféricas, as riquezas de detalhes que compõe o mercado flutuante fazem com que nós sentíamos gostos e cheiros inusitados à medida que a leitura progride.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> Uma das curiosidades dessa obra é a maneira como Gaiman cria uma personalidade para estações de trem e outros lugares. Nomes dados a mais de duzentos anos já perderam o significado, e resgatando essa história perdida ele transforma uma estação em uma personalidade e explora dessa foram a psique de um parte da cidade. <span lang="EN-US">Islington, Old Bailey,</span><span lang="EN-US"> Black Friars, Earl’s Court, entre outros ganham vida. </span>Uma estação que tem um nome curioso, mas que só é citada no livro sem ter relevância é a Castelo e Elefante (Elephant & Castle). Mas acho que uma boa historio poderia se passar lá só para explicar como um elefante foi parar em castelo no sul de Londres.</p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEidikTdScvoHKuV6d4idNnBlyq_6xsxYk9WKyE6ok97wHVljp2JP6zcYusX9o4eC3FR-EN8r88kwTBsd3tGXIibNfobv_3iGoCc_6i0qDFw9KL3ScVWsjaY_bADnghul3-SR7UHtFjx-WWt/s320/DoorHunterRich.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5679909834063067842" style="text-align: left; cursor: pointer; width: 320px; height: 228px; " /></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">(imagem dos personagens Door, Hunter e Richard na serie de TV)</p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Na história nos acompanhamos a jornada de Richard Mayhew and Lady Door. Richard é um escocês vivendo em Londres. Ele é realmente uma pessoa ordinária, tem uma vida mundana, um emprego monótono e uma namorada chata e irritante, que o faz passar horas andando por todos os museus da cidade. Enfim uma cara normal. A vida de Richard muda de rumo quando em uma noite ele encontra Door machucada e caída na rua. Ao ajudá-la Richard é tragado de maneira inescapável para um mundo diferente. Ela, como seu nome deixa claro, é um portal para a Londres Below. O novo mundo ao qual Richard passa a fazer parte é perigoso, sujo e assustador, com assassinos imortais, anjos malignos, criaturas geladas que sugam o calor de sua vida com um beijo, monges medievais, uma corte de uma rei decadente e uma besta que se esconde na neblina.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> Primeiro todos que ele conhecia se esquecem da sua existência. Da noite para o dia ele perde o emprego, outras pessoas passam a morar na sua casa, a namorada termina o relacionamento, e nenhuma pessoa parece perceber a existência de Richard em Lodon Above. Ele procura Door para entender o que aconteceu com sua vida e quer ajuda para obtê-la de volta.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> Durante a jornada outros personagens juntam-se ao grupo e eles passam a investigar quem está tentando matar toda a família de Door. Hunter é a guerreira do grupo, ela foi contratada como a guarda-costas de Door, Marquês de Carabas com seu sorriso sedutor cuida da parte diplomática, ele sempre sabe aonde ir, com quem falar e como negociar. Richard é o cara perdido que seguimos dentro desse mundo misterioso e fantástico, a medida em que ele vai entendendo como as coisa funcionam no underground nós também vamos.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> Durante todo o tempo eles são perseguidos pelos perigosos assassinos Mr. Croup and Mr.Vandermar (que lembra uma outra dupla de criminosos muito eloquentes de Sin City de Frank Miller). No começo, a história é narrada de uma maneira divertida, pelo lado patético do personagem principal, como Richard sendo xingado e ignorado por todos. Mas a media que a narrativa progride podemos sentir o drama que seria desaparecer para a sociedade, não ser um ninguém e passamos pela sensação da perda de identidade social. Isso obriga o personagem a criar uma nova identidade, pois ele naquele novo mundo ainda não é nada e no mundo antigo ele deixou de ser o que era até aquele momento.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> Richard não abraça bem a idea de ser alguém novo e luta o tempo todo para recuperar a identidade perdida ao invés de construir uma nova. O final do livro depois do clímax e dos tradicionais reviravoltas no roteiro caminha para seu derradeiro e previsível final.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"> A leitura é fácil e recomendo a todos que queira uma pouco de fantasia gótica em suas vidas.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhRTPZ1wCVSO7G6zX4ejf0RSxDCHaL-OZd0TB2NQHR0MYV-9SLNRrGm_GiHOmynErpa3PWHu1EO1bYy5-i8KW46qIaXCdlIjMqar3bLF0GTf6ixzqjuv2mVE30LtkFE7-IfB8Xph7-PWI0D/s320/neverwherecv2.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5679909836763948498" style="text-align: left; cursor: pointer; width: 206px; height: 320px; " /></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">(Imgens da adaptação para os quadrinhos)</p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify">SPOILER. Após finalmente conseguir voltar para casa Richard sente que não pertence mais aquela vida e almeja voltar para London Below, mas não sabe como fazer isso. Dentre as coisa que para mim ficaram sem explicação está a morte e ressurreição de Marques de Carabas. Ele sobreviveu a uma decapitação. Obviamente ele é uma criatura mágica, mas de qual tipo não compreendi. A traição de Hunter me surpreendeu, pois pensei que Carabas era o traidor. No final Hunter morre e Richard torna-se o guerreiro do grupo após matar a besta usando a faca que pertencia a Hunter. E o romance entre ele e Door não acontece, mas o clima entre os dois permanece por toda a trajetória. Mesmo no final quando ela insiste para que eles fiquem juntos Richard decide partir.</p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhbEJB16WGJNQ0W1Sz6rjh2Kb6HM3WX8Ttgv2XFWZDRUcS5t1ri8FCGPjsoIgAh8-jkTWV3QhG3BY9pR7_c3SBCZodMWWrvcR_p6zr_6yfBozzngz-7vsTa6YhogMEOVksDfJwusIMCNMqM/s320/specialreports_2edb.London+Tube+Map.gif" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5679909843551172962" style="text-align: left; cursor: pointer; width: 320px; height: 213px; " /></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Neverwhere_(novel)">http://en.wikipedia.org/wiki/Neverwhere_(novel)</a></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><a href="http://en.wikipedia.org/wiki/Neverwhere">http://en.wikipedia.org/wiki/Neverwhere</a></p>Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-67414392790638767152011-08-17T21:13:00.000-07:002011-08-17T21:23:41.627-07:00Public Letter to Mr. Harry Potter<a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOkjYB2iK1DOvhBSL3Zqx0zP8waoLPFrKB73NX-FeMm8w-67Jq1QtrkH00OIYnKLhuEgYl7j6qdorjeMTXI7Mt-r4yIjot_-JOvaMDUf43huWj7-l5fKz36y9IOO8pajpS2SJqZUO4lCho/s1600/wallpaper+coruja+harry+potter.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 206px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiOkjYB2iK1DOvhBSL3Zqx0zP8waoLPFrKB73NX-FeMm8w-67Jq1QtrkH00OIYnKLhuEgYl7j6qdorjeMTXI7Mt-r4yIjot_-JOvaMDUf43huWj7-l5fKz36y9IOO8pajpS2SJqZUO4lCho/s320/wallpaper+coruja+harry+potter.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5642046877001150194" /></a>
<br /><p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><!--[if gte vml 1]><v:shapetype id="_x0000_t75" coordsize="21600,21600" spt="75" preferrelative="t" path="m@4@5l@4@11@9@11@9@5xe" filled="f" stroked="f"> <v:stroke joinstyle="miter"> <v:formulas> <v:f eqn="if lineDrawn pixelLineWidth 0"> <v:f eqn="sum @0 1 0"> <v:f eqn="sum 0 0 @1"> <v:f eqn="prod @2 1 2"> <v:f eqn="prod @3 21600 pixelWidth"> <v:f eqn="prod @3 21600 pixelHeight"> <v:f eqn="sum @0 0 1"> <v:f eqn="prod @6 1 2"> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelWidth"> <v:f eqn="sum @8 21600 0"> <v:f eqn="prod @7 21600 pixelHeight"> <v:f eqn="sum @10 21600 0"> </v:formulas> <v:path extrusionok="f" gradientshapeok="t" connecttype="rect"> <o:lock ext="edit" aspectratio="t"> </v:shapetype><v:shape id="_x0000_s1026" type="#_x0000_t75" style="'position:absolute;"> <v:imagedata src="file:///C:\DOCUME~1\LUIZFE~1\CONFIG~1\Temp\msohtml1\01\clip_image001.jpg" title="fondo_papiro"> </v:shape><![endif]--><!--[if !vml]--><span style="mso-ignore:vglayout;position: relative;z-index:-1"><span style="left:0px;position:absolute;left:-48px; top:-12px;width:660px;height:924px"><img width="660" height="924" src="file:///C:/DOCUME~1/LUIZFE~1/CONFIG~1/Temp/msohtml1/01/clip_image002.jpg" shapes="_x0000_s1026" /></span></span><!--[endif]--><span><span> </span><span lang="EN-US"><o:p></o:p></span></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US">Dear Mr. Harry Potter,<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US"><span> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US"><span> </span>I have being watching all your movements, since you were eleven years old. I followed you all of your youngest life, until recently. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US"><span> </span>I watched the bad way the Dudley’s treated you, but I couldn’t help in any way possible, than I did the only thing I could, I kept watching. I was there when you went to Diagon Alley and I followed you to Gringottes Bank. After I went with you to the book shop, the wand shop, the pet shop and all the other fantastic places.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US"><span> </span>I went to London train station, on the platform nine and three quarters and took the Hogwarts Express with you. Getting to the school, I became impressed with the architecture of the place, frightened with the ghosts and amazed with the stairs, and how they move all the time. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US"><span> </span>I went with you to your lessons, and learned some useful spells. I was there when you flew the first time. I played quidditch with you, hunted the golden snitch, and won the first game. The first year came to the end, and I knew, a great danger was coming, and Voldemort, would come back soon.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US"><span> </span>In the second year, I found the secret chamber with you. In the third year, I met your godfather Sirius, and two years later, we saw he died. I walked with you in the middle of the night in the Forbidden Forest, I followed you under your invisibility cloak through the darks corridors of the school. And after many things that happened I still was there. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US"><span> </span>In the next year, I played the Triwizard Tournament with you, and in the end I touched the cup and went to the graveyard with you. There we saw your friend be killed, and the return of the dark lord. Together we fought and escaped. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US"><span> </span>The next year was the worst of your life, everybody thought you are mad and they thought you killed your friend, but I believed in you, and I stayed by your side all the time. I practiced some spells in the room of requirement and took part in Dumbledore’s Army. I hate what Umbridge, the dark art defense teacher of that year did with you, and the back of my hand still is scratching when I think about it. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US"><span> </span>I was there when you started to hunt the horcruxes, and stayed there after all of them are destroyed. I celebrated when Voldemort was finally killed, and then I knew you would finally live in peace.<span> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US"><span> </span>But since the end of your last book I haven’t heard anything about you. I would like to invite you to come to my house and have a cup of tea. The roof of the building is flat, this means you can come flying with your broom stick, no problem, or you can apparate if you like, because we haven’t any spell against this magic here, unfortunately, we haven’t got a fireplace, this means, this is the only way of travelling you can’t use to visit us. And bring Ginny too, of course. <span> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US"><span> </span><span> </span>If you can’t come soon, please send some news about what you have being doing recently. I heard about your wedding, your kids, and a new job, and I would like to know more about all of them.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US"><span> </span>Regards to Ron, Hermione, Luna and Neville. <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US">Best wishes, <o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US">Mr. Coruja and Ms. Fi Roy.<o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US"><o:p> </o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US"><span> </span><o:p></o:p></span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span lang="EN-US"><o:p> </o:p></span></p>Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-65859947860417300282011-06-13T15:44:00.000-07:002011-06-13T16:01:07.923-07:00A soberania dos povos indígenas o PAC – (Programa de aceleração da crise)<div style="text-align: center;"><br /></div><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj229jqKfl5e8bdomsfpiC84mT1FMgv6GIOhEy4srDpLpVGfz6FNCTAcm-ClxeHgFmgxFkxKQEF458gaw_nzehXf6PyNxobSoa9WcNCbfY30arxNTLBvlzpXaEbj2dnEcu21ZegRSdOamOw/s1600/skull.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"></a><div><span class="Apple-style-span"><u><blockquote></blockquote><iframe src="http://player.vimeo.com/video/24075807?title=0&byline=0&portrait=0" width="400" height="225" frameborder="0"></iframe><p><a href="http://vimeo.com/24075807">BELO MONTE, ANÚNCIO DE UMA GUERRA</a> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_0">from</span> <a href="http://vimeo.com/cinedelia">André Vilela D'Elia</a> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_1">on</span> <a href="http://vimeo.com/"><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_2">Vimeo</span></a>.</p></u></span></div><div><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;line-height: 150%; "><i><b><span class="Apple-style-span"></span></b></i></p><blockquote><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;line-height: 150%; "><i><b><span class="Apple-style-span">Os princípios filosóficos do direito natural </span></b></i></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><o:p><b><span class="Apple-style-span"> </span></b></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><b><span class="Apple-style-span">Francisco de Vitória é considerado o fundador do direito <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_3">internacional</span> por se manifestar em seus escritos contra as atrocidades das guerras e os massacres colonialistas que estavam ocorrendo na América e em suas obras principais <i>De <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_4">Justitia</span>, </i>e <i>De <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_5">Indis</span></i> <i><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_6">et</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_7">iure</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_8">belli</span></i> (1539). Ele foi o primeiro teórico anticolonialista a estabelecer o princípio da soberania e independência dos estados. Vitória, seguindo as <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_9">ideias</span> <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_10">aristotélicas</span> e tomista, diz que todas as coisas possuem uma essência que <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_11">independe</span> da vontade e essa essência é imutável e universal. Ele realiza uma defesa dos direitos naturais, pois existe uma natureza humana e existe uma lei natural do homem. A lei natural determina os direitos inatos do homem para manter a sua <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_12">sobrevivência</span>. Estes direitos vão dês de o direito à vida e de conservá-la e defendê-la seja buscando alimentos para sua <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_13">sobrevivência</span>, seja defendendo-se de agressões injustas, à perfeição do próprio ser na sua dupla dimensão corporal e espiritual, direito de propriedade, de domínio e <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_14">potestade</span> do homem sobre os seres inferiores. Sendo o homem é um ser social por natureza a finalidade da sociabilidade é o bem comum. A finalidade do bem comum dirige e condiciona o exercício da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_15">potestade</span> civil. O homem particular se dirige pela <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_16">inteligência</span> pessoal e a sociedade se comanda pela razão <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_17">coletiva</span> em razão do bem comum.</span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><b><span class="Apple-style-span">Um dos seguidores das ideias de Francisco Vitória foi Francisco de <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_18">Suarez</span>, também conhecido como Doutor Exímio, defende a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_19">idéia</span> de que os homens no principio eram sozinhos sem nenhum deles tendo poder sobre os demais, se uniram e formaram um copo político que foi investido de poder por Deus. Os particulares juntos têm mais poderes do que o rei só. Por este motivo a soberania não reside no rei, mas no povo inteiro, que a <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_20">traspassou</span> para ele, e por isso mesmo pode retirá-la de novo, caso o rei governe de modo tirânico. Os homens formam um império humano, acima de todas as fronteiras. Esta <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_21">idéia</span> constitui a base do direito de gentes. Os preceitos do direito de gentes são preceitos que a razão extrai dos princípios da lei natural</span></b></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><o:p><b><span class="Apple-style-span"> </span></b></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="line-height:150%"><o:p><b><span class="Apple-style-span"> </span></b></o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align: justify;line-height: 150%; "><b><span class="Apple-style-span"><i><br /></i></span></b></p><p class="MsoNormal" style="text-align: justify;line-height: 150%; "><b><span class="Apple-style-span"><i>O “Direito de gentes” e sua contribuição para a defesa dos índios da América </i></span></b></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-indent: 35.4pt"><o:p><b><span class="Apple-style-span"> </span></b></o:p></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.4pt; "><b><span class="Apple-style-span">Os índios eram vistos como animais sem almas podendo desta forma ser mortos e dominados <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_22">indiscriminadamente</span>. O direito de gentes vai contra isso estabelecendo que todos os índios são seres humanos como os seus conquistadores, dessa forma mesmo sendo pagãos eles tem alma e seus direitos devem ser respeitados assim como os dos outros homens. <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_23">Suarez</span> defende amplamente os direitos da pessoa. As guerras coloniais só podem ser lícitas se não servem à exploração, mas à elevação da humanidade. Todos os homens nascem livres por natureza. Então o direito de gentes busca reconhecer a autonomia de todos os seres humanos, propondo que ajam acordos somente onde ocorra o benefício mútuo. Tendo sido as <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_24">idéias</span> dos dois filósofos acima extremamente importantes para suscita o debate sobre os direitos humanos. O direito de gentes distingue-se do direito natural, porque ele não se funda na necessidade teórica, mas na livre convenção; e do direito civil porque não regula a conduta do cidadão dentro do Estado, mas a relação dos Estados entre si.</span></b></p><p class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.4pt; "><b><span class="Apple-style-span"><br /></span></b></p><p class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 35.4pt; "><b><span class="Apple-style-span"><br /></span></b></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-indent: 0cm"><span><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-indent: 0cm"><span><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 0cm; "><span><b><i>O conceito de soberania</i></b></span></p><p class="MsoBodyTextIndent" style="text-align: justify;margin-top: 0cm; margin-right: 0cm; margin-left: 0cm; margin-bottom: 0.0001pt; text-indent: 0cm; "><span><b><i><br /></i></b></span></p> <p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;text-indent:35.4pt; line-height:150%"><span><o:p><b> </b></o:p></span></p> <p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;text-indent:35.4pt; line-height:150%"><span><b>De acordo com<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean_Bodin" title="Jean Bodin" style="background-attachment:initial;background-origin: initial;background-clip: initial; background-color:initial;background-position:initial initial;background-repeat: initial initial"><span>Jean <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_25">Bodin</span></span></a>,<span class="apple-converted-space"> </span>Soberania<span class="apple-converted-space"> </span>refere-se à entidade que não conhece superior na ordem externa nem igual na ordem interna. Entende-se por soberania a qualidade máxima de poder social através da qual as normas e decisões elaboradas pelo<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado" title="Estado" style="background-attachment: initial;background-origin: initial;background-clip: initial;background-color: initial;background-position:initial initial;background-repeat:initial initial"><span>Estado</span></a><span class="apple-converted-space"> </span>prevalecem sobre as normas e decisões emanadas de grupos sociais <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_26">intermediários</span>, tais com: a <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Fam%C3%ADlia" title="Família"><span>família</span></a>; a<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola" title="Escola" style="background-attachment: initial;background-origin: initial;background-clip: initial;background-color: initial;background-position:initial initial;background-repeat:initial initial"><span>escola</span></a>; a<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Empresa" title="Empresa" style="background-attachment: initial;background-origin: initial;background-clip: initial;background-color: initial;background-position:initial initial;background-repeat:initial initial"><span>empresa</span></a>, a<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja" title="Igreja" style="background-attachment: initial;background-origin: initial;background-clip: initial;background-color: initial;background-position:initial initial;background-repeat:initial initial"><span>igreja</span></a>, etc. Neste sentido, no âmbito interno, a soberania estatal traduz a superioridade de suas <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_27">diretrizes</span> na organização da vida comunitária.<o:p></o:p></b></span></p> <p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;text-indent:35.4pt; line-height:150%"><span><b>Relaciona-se a<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Poder" title="Poder" style="background-attachment: initial;background-origin: initial;background-clip: initial;background-color: initial;background-position:initial initial;background-repeat:initial initial"><span>poder</span></a>, autoridade suprema,<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Independ%C3%AAncia" title="Independência" style="background-attachment:initial;background-origin: initial;background-clip: initial; background-color:initial;background-position:initial initial;background-repeat: initial initial"><span>independência</span></a><span class="apple-converted-space"> </span>(geralmente do <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado" title="Estado"><span>Estado</span></a>). É o direito exclusivo de uma autoridade suprema sobre uma área geográfica, grupo de pessoas, ou o<span class="apple-converted-space"> </span><i><span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_28">self</span></i><span class="apple-converted-space"> </span>de um indivíduo. A soberania sobre uma nação é geralmente atributo de um<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Governo" title="Governo" style="background-attachment: initial;background-origin: initial;background-clip: initial;background-color: initial;background-position:initial initial;background-repeat:initial initial"><span>governo</span></a><span class="apple-converted-space"> </span>ou de outra agência de controle<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pol%C3%ADtica" title="Política" style="background-attachment:initial;background-origin: initial;background-clip: initial; background-color:initial;background-position:initial initial;background-repeat: initial initial"><span>política</span></a>; apesar de que existem casos em que esta soberania é atribuída a um indivíduo. A soberania se manifesta, principalmente, através da constituição de um sistema de<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Direito" title="Direito" style="background-attachment: initial;background-origin: initial;background-clip: initial;background-color: initial;background-position:initial initial;background-repeat:initial initial"><span>normas jurídicas</span></a><span class="apple-converted-space"> </span>capaz de estabelecer as pautas fundamentais do comportamento humano. No âmbito externo, a soberania traduz, por sua vez, a ideia de<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Igualdade" title="Igualdade" style="background-attachment: initial;background-origin: initial;background-clip: initial;background-color: initial;background-position:initial initial;background-repeat:initial initial"><span>igualdade</span></a><span class="apple-converted-space"> </span>de todos os Estados na<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Comunidade_internacional" title="Comunidade internacional" style="background-attachment:initial; background-origin: initial;background-clip: initial;background-color:initial; background-position:initial initial;background-repeat:initial initial"><span>comunidade <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_29">internacional</span></span></a>.<o:p></o:p></b></span></p> <p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;text-indent:35.4pt; line-height:150%"><span><b>O conceito "soberania" é teorizado pelo francês Jean <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_30">Bodin</span> (1530-1596) no seu livro intitulado<span class="apple-converted-space"> </span><i>Os Seis Livros da República</i>, no qual sustentava a seguinte tese de que todo o poder do Estado pertence ao Rei e não pode ser partilhado com mais ninguém (clero, nobreza ou povo). <a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Jean-Jacques_Rousseau" title="Jean-Jacques Rousseau"><span>Jean-Jacques Rousseau</span></a><span class="apple-converted-space"> </span>transfere o conceito de soberania da pessoa do governante para todo o povo ou sociedade de<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Cidad%C3%A3o" title="Cidadão" style="background-attachment:initial;background-origin: initial;background-clip: initial; background-color:initial;background-position:initial initial;background-repeat: initial initial"><span>cidadãos</span></a>. A soberania é inalienável e indivisível e deve ser exercida pela vontade geral (soberania popular).<o:p></o:p></b></span></p> <p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;line-height:150%"><span><b>A partir do século XIX foi elaborado um conceito jurídico de soberania, segundo o qual esta não pertence a nenhuma autoridade particular, mas ao<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Estado" title="Estado" style="background-attachment: initial;background-origin: initial;background-clip: initial;background-color: initial;background-position:initial initial;background-repeat:initial initial"><span>Estado</span></a><span class="apple-converted-space"> </span>enquanto<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Pessoa_jur%C3%ADdica" title="Pessoa jurídica" style="background-attachment:initial;background-origin: initial;background-clip: initial; background-color:initial;background-position:initial initial;background-repeat: initial initial"><span>pessoa jurídica</span></a>. A noção jurídica de soberania orienta as relações entre Estados e enfatiza a necessidade de legitimação do poder político pela<span class="apple-converted-space"> </span><a href="http://pt.wikipedia.org/wiki/Lei" title="Lei" style="background-attachment: initial;background-origin: initial;background-clip: initial;background-color: initial;background-position:initial initial;background-repeat:initial initial"><span>lei</span></a>.</b></span></p><p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;line-height:150%"><b><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal; "><b><span class="Apple-style-span"><br /></span></b></span></span></b></p><p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;line-height:150%"><b><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal; "><b><span class="Apple-style-span"><br /></span></b></span></span></b></p><p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;line-height:150%"><i><span><b></b></span><b><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal; "><b><span class="Apple-style-span">A construção da Usina de Belo Monte</span></b></span></span></b></i></p><p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;line-height:150%"><i><b><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal; "><b><span class="Apple-style-span"><br /></span></b></span></span></b></i></p><p style="margin:0cm;margin-bottom:.0001pt;text-align:justify;line-height:150%"><i><b><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="font-weight: normal; "><b><span class="Apple-style-span"><span class="Apple-style-span" style="color: rgb(0, 0, 238); -webkit-text-decorations-in-effect: underline; font-style: normal; font-weight: normal; line-height: normal; "><img src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj229jqKfl5e8bdomsfpiC84mT1FMgv6GIOhEy4srDpLpVGfz6FNCTAcm-ClxeHgFmgxFkxKQEF458gaw_nzehXf6PyNxobSoa9WcNCbfY30arxNTLBvlzpXaEbj2dnEcu21ZegRSdOamOw/s320/skull.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5617842195903967010" style="display: block; margin-top: 0px; margin-right: auto; margin-bottom: 10px; margin-left: auto; text-align: center; cursor: pointer; width: 225px; height: 224px; " /></span></span></b></span></span></b></i></p><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;text-indent:35.4pt;line-height: 150%"><b><span class="Apple-style-span">A construção da Usina de Belo Monte fere a soberania dos povos indígenas. A usurpação dos <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_31">direitos</span> dos povos indígenas vem se constituindo como uma prática recorrente desde o início da colonização.</span></b></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><b><span class="Apple-style-span"><span style="mso-tab-count:1"></span><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span>Se houvesse um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_32">gerenciamento</span> adequado da energia que é desperdiçada seria aproveitada. Não estamos caminhando de acordo com um <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_33">projeto</span> de desenvolvimento sustentável. A fronteira da floresta vem sendo empurrada e essa é a ultima trincheira de defesa da <span class="blsp-spelling-error" id="SPELLING_ERROR_34">Amazônia</span>. O progresso proposto pelo modelo de desenvolvimento expansionista e predatório favorece aceleração não do crescimento, mas da destruição.</span></b></p></blockquote><p class="MsoNormal" style="text-align:justify;line-height:150%"><b><span class="Apple-style-span"></span></b></p></div>Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-53046534062566158652011-04-09T08:10:00.000-07:002011-04-09T09:11:35.412-07:00LORD VOLDEMORT E O MASSACRE EM REALENGO<blockquote><a href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8q51ORulTRXXknp0hOQ0Otb6bBo-HYVPtcr3fe9CKR0sXXFtQQiR1wCP8T5IXm58jyBmasaG7sAijJlSVEGZjMYhtWHZjG54pijG2y4XwKDIV5ws3XP0FuLa13zrXj6ITJOmJ1ZAEyZoo/s1600/Deathly_Hallows_Lord_Voldemort_by_Leandroton.jpg" onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}"><img style="float:left; margin:0 10px 10px 0;cursor:pointer; cursor:hand;width: 239px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg8q51ORulTRXXknp0hOQ0Otb6bBo-HYVPtcr3fe9CKR0sXXFtQQiR1wCP8T5IXm58jyBmasaG7sAijJlSVEGZjMYhtWHZjG54pijG2y4XwKDIV5ws3XP0FuLa13zrXj6ITJOmJ1ZAEyZoo/s320/Deathly_Hallows_Lord_Voldemort_by_Leandroton.jpg" border="0" alt="" id="BLOGGER_PHOTO_ID_5593613745266593890" /></a><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span>Lord Voldemort é um nome que não deve ser pronunciado no mundo nos bruxos. Chamado de aquele-que-não-deve-ser-nomeado, o vilão da série Harry Potter (cujo final eu ainda não li), é assim chamado, pois todos crêem que quando seu nome é dito o vilão se fortalece, ou se aproxima. <span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span>Essa semana um rapaz cometeu um atentado absurdo. O que ele fez é imperdoável e injustificável, mas compreensível se olharmos a realidade com o olhar distorcido que esse assassino olhava. <span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span></div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"></span><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span>Quando eu freqüentava a escola e sofria bullying delirava e fantasiava a morte de todos os meus agressores para aliviar o sofrimento. Esse rapaz do massacre em Realengo, que não deveria ser nomeado, provavelmente viveu o mesmo. A diferença é que ele veio de um lar mais desestruturado do que aquele de onde saí, é claro que isso por si só não explica nenhum dos seus atos. O que quero dizer é que naquela época, antes mesmo do massacre de Columbine acontecer, e da banda larga que facilitou o acesso a informação, eu me perguntava: “Será que sou o único a sofrer esse tipo de violência?” Como as outras pessoas que passam pelas mesmas situações aguentam isso e não pegam uma arma e saem matam todas as pessoas que odeiam?”. A resposta veio com o tempo e logo esse tipo de crime passou a ser comum principalmente nos EUA. Enquanto que direcionei a minha vida e fiz do meu trabalho tentar compreender o incompreensível esse rapaz, que não deve ser nomeado, decidiu permanecer um incompreendido. Mas o que mais o movia era o desejo de construir uma identidade social. Essa identidade lhe foi negada no período escolar. Seja porque ele se excluía ou era o excluído e adotou esse rótulo. </div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span>Na sociedade midiática onde todos tentam aparecer de alguma forma a destruição de algo precioso como a vida de crianças inocente transforma um Zé-Ninguém em celebridade da tarde para a noite. Ele se mata e deixa um rastro de destruição para deixar de ser anônimo. Ele não queria só morrer queria aparecer. Seu ato repercutiu e ele se tornou uma pessoa pública seu nome é publicado em todos os jornais, sua vida é investigada em seus mínimos detalhes, quem o ignorava passa a falar sobre ele. Ele cria uma história. Ele vira história. De um nada passa ele passa a ser o autor do maior massacre em uma escola brasileira. A mídia fala seu nome e o liga a outros assassinos do mesmo tipo que surgiram em países mais desenvolvidos e o maior talento do assassino não foi a pontaria certeira e os disparos preciso que acertaram cerca de trinta tiros na cabeça e no tórax de meninas e meninos. Seu maior mérito não foi matar doze. Seu maior mérito foi se transformar em uma pessoa famosa, ele queria isso, esse é seu plano maligno. E quanto mais notícias são publicadas sobre ele, quanto mais escrevem e pensam sobre ele. Mais seus delírios megalomaníacos e grandiloquentes se realizam. Quando finalmente fizerem um filme sobre ele, o sucesso do seu plano terá sido completo ao criar uma identidade e passar a ser reconhecido. Por isso defendo em repúdio aos seus atos que ele nunca mais seja nomeado. Se a construção de uma identidade era o que ele queria. Isso não pode ser dado a ele, pois é como conceder-lhe um prêmio de bons serviços prestados. A impressa naturalmente ama esse tipo de maluco. Eles têm um trabalho fácil. Muita gente chorado para mostrar na TV e centenas de testemunhas com uma história triste para contar. Todos em casa ficam com medo e passam mais tempo dentro de casa. Isso aumenta o consumo e acaba sendo bom para a economia e o autor do massacre em Realengo se transforma no mais novo vilão das cônicas policiais nacionais. E falar tanto dele não gera só medo na população normal. Gera também inveja em todos os esquizitões, desprezados, humilhados e mal amados que sonham em um dia ser algo. Já que é melhor ser qualquer coisa do que não ser nada. É melhor o desprezo que a indiferença. </div><div style="text-align: justify;"><span class="Apple-tab-span" style="white-space:pre"> </span>Num mundo de tantas câmeras não ser registrado, fotografado ou comentado é o pior dos castigos. Bem, um dia, um desses esquizitões, vítimas de bullying, vai querer ser lembrado também e como todo mundo conhece o nome deste que não deveria ser nomeado. A obra do doidão será finalizada quando ele se tornar o exemplo a ser seguido por aqueles que se identificam com ele, e isso irá gerara um sucessor e assim, surgirá um filho do seu ódio, e mais uma vez a história se repete com a ajuda da mídia, que o deixou mais famoso do que deveria. Crianças choram e morrem. E mais uma vez todos irão se perguntam por que ele fez isso? A resposta é essa: ele fez isso porque queria ser alguém. Por isso negar sua identidade deveria ser o seu castigo. As vítimas devem ser lembradas, mas a história do assassino não deveria ser escrita. Caso contrário, outros irão imitá-lo competindo nesse jogo sádico de assassinos de quem mata mais e assim subir no ranking nacional.</div><div style="text-align: justify;"></div></blockquote>Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-79794201800470179692011-03-13T12:19:00.000-07:002011-03-13T12:28:53.726-07:00SUSHI DE FEIJÃO<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJf1jJggNUF30GTqUo81-8pon7b5oDnDhZyrUpbYsdsuKcHPT7RxMqbUXt6ZU9Fu_oL58Xsk7tOApTdNKxaxcwv5vabboMaAPJv1FrCFJ0WAZGqddRSuWTM3sag9hZi5aVbRIPYVl2nhfZ/s1600/IMG_1375.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 240px; height: 320px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgJf1jJggNUF30GTqUo81-8pon7b5oDnDhZyrUpbYsdsuKcHPT7RxMqbUXt6ZU9Fu_oL58Xsk7tOApTdNKxaxcwv5vabboMaAPJv1FrCFJ0WAZGqddRSuWTM3sag9hZi5aVbRIPYVl2nhfZ/s320/IMG_1375.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5583646997521710434" /></a><br />SUSHI DE FEIJÃO<br /><br /><br />Meu amigo José, um dia durante um trago, me veio com a ideia. Eu estava tentando convencê-lo a experimentar sushi. Ele disse que não gostava nem da ideia de comer peixe cru. Ai de brincadeira falou “não dá para fazer um sushi de feijão, por exemplo?” No começo eu achei que a ideia era uma loucura, mas depois eu pensei melhor e disse que era possível. Aí ele começou a falar como ficaria bom com uma linguicinha no meio no lugar do peixe. Fizemos uma aposta eu disse que prepararia o sushi de feijão se ele depois comesse o sushi de verdade. Isso fazem algumas semanas. Ontem a noite fiz a experiência e não é que ficou bom. O proto também poderia ser chamado de “rocambole de feijoada” o nome surgiu antes do prato então segue abaixo a receita dessa fusão da estática da culinária oriental com os sabores da culinária brasileira. <br /><br />INGREDIENTES:<br /><br />- ½ Kg de feijão vermelho.<br />- uma cebola média<br />- meia cabeça de alho. <br />- duas pimentas dedo de dama <br />- 8 linguiças calabresas fininha <br />- 400g de bacon<br />- 3 ovos cozidos<br />- um molho de couve bem fresca <br />- sal e molho de pimenta a gosto<br />- farofa para acompanhar <br />- palito de dente <br /><br /><br />PREPARÇÃO<br /><br />Pique a cebola o alho e a pimenta. Cozinhe o feijão e acrescente o alho a cebola e a pimenta. Quando o feijão estiver no ponto tire todo o caldo e reserve em um pote separado. Esmague o feijão com um garfo até virar uma pasta acrescente sal e molho de pimenta a pasta até ficar do seu agrado. Regue com um pouco da água do feijão até adquirir a consistência necessária. <br /><br />RECHEIO <br />Cozinhe os ovos em água fervente e depois tire a casca e pique. Frite o bacon em cubos bem pequenos. Não é necessário acrescentar óleo a própria gordura do bacon irá derreter e fritará a carne. Retire o bacon e deixe a gordura na frigideira para fritar as linguiças calabresas. Deixe as linguiças calabresas e o bacon separado para rechear. <br />Lave bem a couve deixe secar. <br /><br />O PRATO<br />Para enrolar use a folha de couve como a alga do sushi e deite a folha em uma esteira de bambu para enrolar. Coloque uma camada fina com a pasta de feijão sobre metade da folha escolha o recheio que pode ser linguiça, banco, ovo cozido ou todos eles juntos e enrole a folha com um sushi normal. O segredo está no final. Como a couve não tem a mesma liga e não gruda com a alga. É necessário usar o palito de dente para prender a folha no final. Depois é só cortar na espessura de cerca de um dedo e servir. Para acompanhara você pode usar farofa, molho de pimenta, e até raiz forte, whasabi. Shoyu também pode ser usado, mas lembre que o feijão já está temperado nesse caso, não use tanto sal no início caso contrário ficará muito salgado no final. E se quiser servir o feijão quente apensas coloque os rolinho já cortados no micro ondas por trinta segundos. Mas a pimenta pode dar a sensação de calor que você precisa.<br />Isso pode parecer uma loucura, mas disseram a mesma coisa ao barão de Sandwich quando ele inventou o sanduíche. <br />Aí está. Em breve voltaremos com o Churrasco de Carne de Soja não perca!Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-56907465937382198362011-02-24T06:43:00.000-08:002011-02-24T07:22:31.617-08:00Polícia entra em confronto com manifestantes durante greve geral na Grécia<a onblur="try {parent.deselectBloggerImageGracefully();} catch(e) {}" href="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpnn6GQUuREcviTQratpyQxcV25WN3Mec9R4f5iG_H-BC5pyBOIFR0cLwu7ddIpw_iiu6IdV0x6Xii8BRXg8NUNvKG6Zj8iEvbKGGuSwybeJoU3hTHgOCJ51Ato0irl2jdZcT_dp4bnp3U/s1600/C%25C3%25B3pia+de+10409196.jpg"><img style="display:block; margin:0px auto 10px; text-align:center;cursor:pointer; cursor:hand;width: 320px; height: 220px;" src="https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhpnn6GQUuREcviTQratpyQxcV25WN3Mec9R4f5iG_H-BC5pyBOIFR0cLwu7ddIpw_iiu6IdV0x6Xii8BRXg8NUNvKG6Zj8iEvbKGGuSwybeJoU3hTHgOCJ51Ato0irl2jdZcT_dp4bnp3U/s320/C%25C3%25B3pia+de+10409196.jpg" border="0" alt=""id="BLOGGER_PHOTO_ID_5577267244161541538" /></a><br /><br />Foto:Angelos Tzortzinis / AFP<br /><br />Os protestos no mundo todo seguem violentos desta vez apesar do Líbia estar em grande mobilização a imagem mais impressionante do dia vem da Grécia.<br />Veja o video com o policial sendo atingido em: <a href="http://www.bbc.co.uk/portuguese/multimedia/2011/02/110223_videogreciaebc.shtml">BBC Brasil</a>Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-44076209420519415762011-02-11T10:48:00.000-08:002011-02-11T11:00:36.457-08:00Mubarak decidiu renunciar à presidência do Egito.<a href="http://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-12434532">http://www.bbc.co.uk/news/world-middle-east-12434532</a>Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-9170500634541020130.post-78883317504326442672011-02-08T17:36:00.000-08:002011-02-08T17:40:19.581-08:00Protestos no Egito: um novo meme<p class="MsoNormal">Lendo sobre os protestos no Egito encontrei esse artigo interessante de <a href="http://www.bbc.co.uk/blogs/newsnight/paulmason/paul_mason/">Paul Mason</a> em seu blog “Idle Scrawl” (Garranchos Preguiçosos) no site de BBC e resolvi traduzi-lo e publicá-lo aqui. Destaco a importância da definição do conceito de <i>meme</i>. Segue abaixo o resultado. O local original da publicação encontra-se no final do texto.</p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="font-size:14.0pt"><o:p> </o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center"><b style="mso-bidi-font-weight: normal"><span style="font-size:14.0pt">“Vinte razões porque é dado o pontapé inicial em todos os lugares<o:p></o:p></span></b></p> <p class="MsoNormal" align="center" style="text-align:center"><a href="http://www.bbc.co.uk/blogs/newsnight/paulmason/paul_mason/">Paul Mason</a> | 19:07 UK time, Saturday, 5 February 2011</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Nós estamos tendo revoluções na Tunísia, o Egito de Mubarak está à beira de uma; em Iêmen, Jordânia e Síria repentinamente protestos tem aparecido. Na Irlanda jovens profissionais tecnologicamente esclarecidos estão agitando para uma “Segunda República”, na França os jovens de subúrbios lutam contra policiais nas ruas para defender o direito de aposentadoria aos 60 anos de idade, na Grécia protestar, arrumar confusão e bagunçar transformar-se no passatempo nacional. E na Grã-Bretanha nós temos tido tumultos e invasões de estudantes que mudam a maneira da policia agir.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">O que está acontecendo? O que está contra a dinâmica social?</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Alguns pontos importantes.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">1. No coração de tudo está um novo tipo sociológico: o graduado sem futuro. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">2. ...com acesso a mídias sociais, como Facebook, Twitter e Yfog, por exemplo, então eles podem expressar eles mesmos em variadas situações que vão desde a democracia parlamentar à tirania.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">3. Portanto, a verdade se move mais rápido do que as mentiras e a propaganda se torna inflamável.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">4. Eles não são propensos a ideologias tradicionais e endêmicas: trabalhismo, o islamismo, ou catolicismo (Fianna Fail), etc... de fato ideologias hermético de todas as formas, são rejeitadas.</p> <p class="MsoNormal" style="margin-left:-18.0pt;text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">5. As mulheres muito numerosas são a espinha dorsal dos movimentos. Depois de vinte anos de modernizados mercados de trabalho e acesso ao ensino superior, o líder do protesto “arquetípico”, facilitador, organizador, porta-voz agora é uma jovem educada. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">6. Horizontalismo tem se tornado endêmico, porque a tecnologia torna mais fácil: mata hierarquias verticais espontaneamente, enquanto que antes – e a experiência por excelência do século 20 - foi o assassinato de dissidentes dentro dos movimentos, a canalização dos movimentos sociais e suas burocratizações.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">7. Memes: “Um meme age como uma unidade para carregar ideias culturais, símbolos ou práticas, que podem se transmitidas de uma mente para outra através de escritos, falas, gestos, rituais ou outros fenômenos imitáveis. Apoiadores do conceito consideram memes como o análogo cultural aos genes, em que ele se auto-reproduz, modifica e responde a pressão seletiva.” (Wikipedia) – então o que acontece é que ideias surgem, são muito rapidamente “testadas no mercado” e ou decolam, fervilham, insinuam-se, ou se elas não são consideradas boas elas desaparecem. Ideias que se auto-duplicam como gene. Antes da internet essa teoria (ver Richard Dawkins, 1976) parecia um exagero, mas agora você pode claramente traçar a evolução dos memes.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">8. Eles todos parecem conhecer uns aos outros: não apenas a rede é mais poderosa que a hierarquia – mas a rede para um determinado fim (ad-hoc) se tornou mais fácil a se formar. Então se você “segue” alguém que trabalha na UCL (University College London) no Twitter, como eu fiz, você pode facilmente encontrar um blogueiro radical do Egito, ou um professor em sua residência pacífica na Califórnia, que na maioria do tempo faz trabalhos na Birmânia, para que então existam os tweets birmaneses para seguir. Durante o início do século 20 as pessoas andavam pendurados na parte inferior das carruagens dos comboios para ir além das fronteiras apenas para fazer ligações como essas. <span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><span style="mso-spacerun:yes"> </span></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">9. As especificidades do fracasso econômico: o aumento do acesso em massa à educação de nível universitário é um dado. Talvez em breve até 50% no ensino superior não será suficiente. Na maior parte do mundo isso está sendo financiado com dívida pessoal - então as pessoas estão fazendo um julgamento racional para entrar em dívida para eles serem bem pagos mais tarde. No entanto, a perspectiva de dez anos de contenção orçamental em alguns países significa que eles agora sabem que vão ser mais pobres que os seus pais. E o efeito foi como desligar o interruptor de luz; a história de prosperidade é substituída pela história do fracasso, mesmo se para indivíduos a realidade seja mais complexa, e não tão ruim quanto eles esperam.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">10. Essa evaporação de uma promessa é agravada nas sociedades mais repressivas e nos mercados emergentes, porque - mesmo quando você começa um rápido crescimento econômico - não pode absorver o crescimento demográfico dos jovens rápido o suficiente para proporcionar a elevação dos padrões de vida de um número suficiente deles.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">11. Para amplificar: não consigo encontrar as citações, mas um dos historiadores da Revolução Francesa de 1789 escreveu que <b style="mso-bidi-font-weight:normal">não era o produto de pessoas pobres, mas dos advogados pobres</b>. Você pode ter estruturas político/econômicas que decepcionam os pobres por gerações -, mas se os advogados, professores e médicos estão sentados em seus sótãos congelados e faminto você começa uma revolução. Agora, em seus sótãos, eles têm um laptop e uma conexão de banda larga.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><st1:metricconverter productid="12. A" st="on">12. A</st1:metricconverter> fraqueza do trabalho organizado significa que há uma mudança na relação entre a classe média radicalizada, os pobres e os trabalhadores organizados. O mundo parece mais com Paris do século 19 - predomínio pesados da intelectualidade "progressista", entremeando com os moradores de favelas em inúmeras interfaces sociais (cabarés na séc. XIX, raves agora); o medo social enorme da pobreza excludente, mas também muitas histórias de riquezas celebradas na mídia (Fifty Cent etc), enquanto que a cultura solidária e respeitabilidade do trabalho organizado ainda está lá, mas, como no Egito, eles encontram-se com um "exército no palco" para marcharem dentro e fora da cena da história.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">13. Isto leva a uma perda de medo entre os jovens radicais de qualquer movimento: eles podem escolher, não há confronto que eles não possam retirar-se. Eles podem "ter um dia de folga" do protesto, ocupando: enquanto que com o velho movimento baseado na classe trabalhadora, seu lugar nas fileiras de batalha era determinado e eles não poderiam recuar depois da coisa começar. Você não poderia "ter um dia de folga" de greve dos mineiros se você morasse em uma vila mineradora.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">14. Além de um dia de folga, você pode "misturar e combinar": Eu conheci pessoas que fazem um dia de organização da comunidade, e os próximos estão em uma flotilha de Gaza, depois começam a trabalhar para uma reflexão sobre a energia sustentável, em seguida, está escrevendo um livro sobre algo completamente diferente. Fiquei surpreso ao encontrar pessoas que eu havia entrevistado dentro da ocupação UCL blogando da Praça Tahrir esta semana.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">15. As pessoas apenas sabem mais do que acostumavam saber. Ditaduras não contam apenas com a supressão de notícias, mas suprimem os relatos e a verdade. Mais ou menos tudo o que você precisa saber para entender o mundo está disponível gratuitamente para download na internet: e não é pré-digerida para você, por seus professores, pais, padres, sacerdotes. Por exemplo, há um grande número de dados disponíveis para mim agora sobre os assuntos que estudei na universidade que não eram conhecidos quando eu estava lá na década de 1980. Então semestres acadêmicos inteiros seriam gastos disputando fatos básicos, ou tentando pesquisá-los. Agora isso ainda é verdade, mas o plano de raciocínio pode ser mais complexo porque as pessoas têm uma fonte de referência imediata para as instalações incontestáveis de argumentos. É como se a física fosse substituída pela física quântica, mas em cada disciplina.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">16. Não existe Guerra Fria e à Guerra contra o Terror não é tão eficaz quanto a Guerra Fria foi na solidificação das elites contra a mudança. O Egito está provando ser um exemplo real disso: embora seja altamente provável que as coisas fujam do controle, pós-Mubarak - como em todas as revoluções raciais - as terríveis advertências da direita dos EUA dizendo que isso levará ao islamismo é um “meme” que não decolou. Na verdade, você poderia fazer um estudo interessante de como começa o meme, floresce e desaparece no espaço de 12 dias. Para ser claro: não estou dizendo que eles estão errados - apenas que o medo de uma tomada de poder islâmico no Egito não foi forte o suficiente para balançar a presidência dos EUA ou da mídia por trás de Mubarak.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">17. É possível - com as pressões internacionais e algumas ONGs poderosas - derrubar um governo repressor, sem ter de passar anos na selva como um guerrilheiro, ou anos, no subsolo urbano: ao invés da juventude da oposição - tanto no Ocidente em regimes repressivos como Tunísia / Egito, e sobretudo na China - ao vivo em um matagal virtual online através de redes digitais e aparelhos de comunicação. A internet não é a chave aqui – são, por exemplo, as coisas que pessoas trocam por mensagem de texto, a música que eles trocam entre eles etc: os significados ocultos em grafites, arte de rua etc, que os detentores da autoridade não identificam e não conseguem entender.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">18. As pessoas têm uma melhor compreensão do poder. Os ativistas leram seus Chomsky e seus Hardt e Negri, mas as idéias deles se tornaram miméticas: os jovens acreditam que os problemas já não são de classe e economia, mas simplesmente o poder: eles são inteligentes e peritos em saber como fazer confusão com as hierarquias e ver as várias “revoluções” em suas próprias vidas como parte de um “êxodo” da opressão, e não - como as gerações anteriores fizeram - como um “desvio para o pessoal”. Enquanto Foucault poderia dizer Gilles Deleuze: "Tivemos que esperar até o século XIX antes de começarmos a compreender a natureza da exploração, e até hoje, ainda temos de compreender totalmente a natureza do poder", - que está provavelmente alterada.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">19. Como a soma algébrica de todos estes fatores parece que o protesto "meme" que está varrendo o mundo - se é que a premissa é bem verdade - é profundamente menos radical na economia do que aquele que varreu o mundo na década de 1910 e 1920, eles não procurar uma total reviravolta: eles buscam uma moderação dos excessos. No entanto, em política, o tema comum é a dissolução do poder centralizado e na procura de “autonomia” e liberdade pessoal para além da democracia formal e um fim à corrupção, de base familiar de poder das elites.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><st1:metricconverter productid="20. A" st="on">20. A</st1:metricconverter> tecnologia - de muitas formas, desde a pílula anticoncepcional para o Ipod, o blog e a câmera CCTV - expandiu o espaço e poder do indivíduo.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Algumas complicações....</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">a) tudo acima são generalizações: e devem ser lidas como tal. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">b) estes métodos são replicáveis pelos seus opositores? É evidente que até um certo ponto eles são. Portanto, a suposição do movimento global progressiva que seus valores estão alinhados com a do mundo conectado pode estar errado. Além disso, ainda temos que ver o que acontece a todas as redes sociais se este estado sempre com seriedade puxa o cabo ligado a tecnologia: desligando a rede móvel, censores de Internet, os ciber-ataques dos manifestantes.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">c) A China é o laboratório aqui, onde a polícia de internet é paga para ir online e fomentar a favor do governo “memes” para combater os oposicionistas. O blogueiro egípcio esquerdista Arabawy.org diz em seu site que: “em uma ditadura, o jornalismo independente por padrão se torna uma forma de ativismo e a propagação de informações é essencialmente um ato de agitação.” Mas o jornalismo independente é reprimido em muitas partes do mundo. (Inclusive aqui no Brasil)</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">d) O que acontece com este novo zeitgeist fofo global quando se vai contra a ditadura de estilo antigo hierárquica em um jogo de morte, sendo que esta última tem cerca de 300 tanques de guerra Abrams? Podemos estar prestes a descobrir.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">e) - e isto é preocupante para a política dominante: estamos criando uma completa desconexão entre os valores e a linguagem do estado e dos jovens educados? O Egito é um exemplo clássico - se você ouvir os funcionários NDP (Egypt's National Democratic Part) há um aspecto em tempo desfigurado para a sua língua comparado ao de jovens médicos e advogados sobre a Praça. Mas também há exemplos no Reino Unido: grande parte do discurso político - em ambos os lados da Câmara dos Comuns - é tratado por muitos jovens como um "barulho" mal inteligível - e isto vai além dos manifestantes.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">(Por exemplo: Eu estou achando comum entre os não-políticos, esses dias, que sempre que você menciona a “Grande Sociedade” não há um encolher de ombros e uma reprimida risada - mas se você se mover no labirinto de grupos de pesquisa em torno de Westminster, é tratada mortalmente a sério. Insultar a Grande Sociedade rapidamente se tornou um "meme", que atravessa as fronteiras políticas tribais sob a coalizão, mas a maioria dos políticos profissionais estão surdos para "memes", como os jovens são para o conteúdo de Hansard (Diário Oficial do Parlamento Britânico)).</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">É isso aí - como eu digo, estes são apenas os meus pensamentos sobre tudo e não pesquisei outros que através da experiência: há teses de doutorado, provavelmente inteiras sobre algumas delas então sintam-se a vontade para postar comentários.</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Da mesma forma, se você acha que é tudo bobagem, e se tiver mais de 40 você pode, desabafa sua melancolia da era analógica abaixo.”</p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify">Até a hora em que publiquei o artigo aqui no blog a matéria original já possuía mais de 170 comentários. Não cheguei a ler todos. Você pode lê-los se quiser no link abaixo. </p> <p class="MsoNormal" style="text-align:justify"><o:p> </o:p></p> <p class="MsoNormal">Este artigo foi publicado em: <<a href="http://www.bbc.co.uk/blogs/newsnight/paulmason/2011/02/twenty_reasons_why_its_kicking.html">http://www.bbc.co.uk/blogs/newsnight/paulmason/2011/02/twenty_reasons_why_its_kicking.html</a>></p> <p class="MsoNormal">Acesso em: 08 de Fevereiro 2011</p> <p class="MsoNormal">Tradução: Luiz Felipe H. Piccoli </p>Luiz Felipe Corujahttp://www.blogger.com/profile/00753254042157046456noreply@blogger.com1