domingo, 27 de novembro de 2011

Neverwhere de Neil Gaiman: uma fantasia urbana.


Neverwhere de Neil Gaiman: uma fantasia urbana

Tornei-me admirador da obra de Gaiman após ler algumas edições de Sandman. Esta semana terminei de ler o seu livro Neverwhere. Nele, todo um universo, com seus personagens, intrigas, perigos e existe em uma Londres alternativa abaixo da superfície. Em Londres Subterrânea (London Below), moradores de rua e outros habitantes tem uma sociedade completamente a parte do mundo da superfície, sem que sejam percebidos pelas pessoas de cima. Os ratos são os mensageiros desse mundo, eles caminham pelos túneis imundos dos esgotos levando e trazendo mensagens para as pessoas que conseguem se comunicar com eles.

Os cenários descritos são fascinantes e amedrontadores. Um dos lugares mais interessantes para se visitar em London Below é o Mercado Flutuante (Floatig Market). Uma espécie de feira itinerante que todo semana muda de endereço. Podendo aparecer nos lugares mais inusitados como em Westminster Abbey, em Harrods, a loja de departamento mais cara e famosa de Londres (equivalente a Das Lú no Brasil.) ou no navio de guerra Belfast no meio do rio Thames. Dentro do mercado, há um pacto entre os grupos, portanto crimes não podem ser cometidos lá dentro, mas as pontes que levam até lá são os lugares mais perigosos que existem. As descrições dos subterrâneos são atmosféricas, as riquezas de detalhes que compõe o mercado flutuante fazem com que nós sentíamos gostos e cheiros inusitados à medida que a leitura progride.

Uma das curiosidades dessa obra é a maneira como Gaiman cria uma personalidade para estações de trem e outros lugares. Nomes dados a mais de duzentos anos já perderam o significado, e resgatando essa história perdida ele transforma uma estação em uma personalidade e explora dessa foram a psique de um parte da cidade. Islington, Old Bailey, Black Friars, Earl’s Court, entre outros ganham vida. Uma estação que tem um nome curioso, mas que só é citada no livro sem ter relevância é a Castelo e Elefante (Elephant & Castle). Mas acho que uma boa historio poderia se passar lá só para explicar como um elefante foi parar em castelo no sul de Londres.

(imagem dos personagens Door, Hunter e Richard na serie de TV)

Na história nos acompanhamos a jornada de Richard Mayhew and Lady Door. Richard é um escocês vivendo em Londres. Ele é realmente uma pessoa ordinária, tem uma vida mundana, um emprego monótono e uma namorada chata e irritante, que o faz passar horas andando por todos os museus da cidade. Enfim uma cara normal. A vida de Richard muda de rumo quando em uma noite ele encontra Door machucada e caída na rua. Ao ajudá-la Richard é tragado de maneira inescapável para um mundo diferente. Ela, como seu nome deixa claro, é um portal para a Londres Below. O novo mundo ao qual Richard passa a fazer parte é perigoso, sujo e assustador, com assassinos imortais, anjos malignos, criaturas geladas que sugam o calor de sua vida com um beijo, monges medievais, uma corte de uma rei decadente e uma besta que se esconde na neblina.

Primeiro todos que ele conhecia se esquecem da sua existência. Da noite para o dia ele perde o emprego, outras pessoas passam a morar na sua casa, a namorada termina o relacionamento, e nenhuma pessoa parece perceber a existência de Richard em Lodon Above. Ele procura Door para entender o que aconteceu com sua vida e quer ajuda para obtê-la de volta.

Durante a jornada outros personagens juntam-se ao grupo e eles passam a investigar quem está tentando matar toda a família de Door. Hunter é a guerreira do grupo, ela foi contratada como a guarda-costas de Door, Marquês de Carabas com seu sorriso sedutor cuida da parte diplomática, ele sempre sabe aonde ir, com quem falar e como negociar. Richard é o cara perdido que seguimos dentro desse mundo misterioso e fantástico, a medida em que ele vai entendendo como as coisa funcionam no underground nós também vamos.

Durante todo o tempo eles são perseguidos pelos perigosos assassinos Mr. Croup and Mr.Vandermar (que lembra uma outra dupla de criminosos muito eloquentes de Sin City de Frank Miller). No começo, a história é narrada de uma maneira divertida, pelo lado patético do personagem principal, como Richard sendo xingado e ignorado por todos. Mas a media que a narrativa progride podemos sentir o drama que seria desaparecer para a sociedade, não ser um ninguém e passamos pela sensação da perda de identidade social. Isso obriga o personagem a criar uma nova identidade, pois ele naquele novo mundo ainda não é nada e no mundo antigo ele deixou de ser o que era até aquele momento.

Richard não abraça bem a idea de ser alguém novo e luta o tempo todo para recuperar a identidade perdida ao invés de construir uma nova. O final do livro depois do clímax e dos tradicionais reviravoltas no roteiro caminha para seu derradeiro e previsível final.

A leitura é fácil e recomendo a todos que queira uma pouco de fantasia gótica em suas vidas.

(Imgens da adaptação para os quadrinhos)

SPOILER. Após finalmente conseguir voltar para casa Richard sente que não pertence mais aquela vida e almeja voltar para London Below, mas não sabe como fazer isso. Dentre as coisa que para mim ficaram sem explicação está a morte e ressurreição de Marques de Carabas. Ele sobreviveu a uma decapitação. Obviamente ele é uma criatura mágica, mas de qual tipo não compreendi. A traição de Hunter me surpreendeu, pois pensei que Carabas era o traidor. No final Hunter morre e Richard torna-se o guerreiro do grupo após matar a besta usando a faca que pertencia a Hunter. E o romance entre ele e Door não acontece, mas o clima entre os dois permanece por toda a trajetória. Mesmo no final quando ela insiste para que eles fiquem juntos Richard decide partir.

http://en.wikipedia.org/wiki/Neverwhere_(novel)

http://en.wikipedia.org/wiki/Neverwhere

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Public Letter to Mr. Harry Potter


Dear Mr. Harry Potter,

I have being watching all your movements, since you were eleven years old. I followed you all of your youngest life, until recently.

I watched the bad way the Dudley’s treated you, but I couldn’t help in any way possible, than I did the only thing I could, I kept watching. I was there when you went to Diagon Alley and I followed you to Gringottes Bank. After I went with you to the book shop, the wand shop, the pet shop and all the other fantastic places.

I went to London train station, on the platform nine and three quarters and took the Hogwarts Express with you. Getting to the school, I became impressed with the architecture of the place, frightened with the ghosts and amazed with the stairs, and how they move all the time.

I went with you to your lessons, and learned some useful spells. I was there when you flew the first time. I played quidditch with you, hunted the golden snitch, and won the first game. The first year came to the end, and I knew, a great danger was coming, and Voldemort, would come back soon.

In the second year, I found the secret chamber with you. In the third year, I met your godfather Sirius, and two years later, we saw he died. I walked with you in the middle of the night in the Forbidden Forest, I followed you under your invisibility cloak through the darks corridors of the school. And after many things that happened I still was there.

In the next year, I played the Triwizard Tournament with you, and in the end I touched the cup and went to the graveyard with you. There we saw your friend be killed, and the return of the dark lord. Together we fought and escaped.

The next year was the worst of your life, everybody thought you are mad and they thought you killed your friend, but I believed in you, and I stayed by your side all the time. I practiced some spells in the room of requirement and took part in Dumbledore’s Army. I hate what Umbridge, the dark art defense teacher of that year did with you, and the back of my hand still is scratching when I think about it.

I was there when you started to hunt the horcruxes, and stayed there after all of them are destroyed. I celebrated when Voldemort was finally killed, and then I knew you would finally live in peace.

But since the end of your last book I haven’t heard anything about you. I would like to invite you to come to my house and have a cup of tea. The roof of the building is flat, this means you can come flying with your broom stick, no problem, or you can apparate if you like, because we haven’t any spell against this magic here, unfortunately, we haven’t got a fireplace, this means, this is the only way of travelling you can’t use to visit us. And bring Ginny too, of course.

If you can’t come soon, please send some news about what you have being doing recently. I heard about your wedding, your kids, and a new job, and I would like to know more about all of them.

Regards to Ron, Hermione, Luna and Neville.

Best wishes,

Mr. Coruja and Ms. Fi Roy.

segunda-feira, 13 de junho de 2011

A soberania dos povos indígenas o PAC – (Programa de aceleração da crise)


Os princípios filosóficos do direito natural

Francisco de Vitória é considerado o fundador do direito internacional por se manifestar em seus escritos contra as atrocidades das guerras e os massacres colonialistas que estavam ocorrendo na América e em suas obras principais De Justitia, e De Indis et iure belli (1539). Ele foi o primeiro teórico anticolonialista a estabelecer o princípio da soberania e independência dos estados. Vitória, seguindo as ideias aristotélicas e tomista, diz que todas as coisas possuem uma essência que independe da vontade e essa essência é imutável e universal. Ele realiza uma defesa dos direitos naturais, pois existe uma natureza humana e existe uma lei natural do homem. A lei natural determina os direitos inatos do homem para manter a sua sobrevivência. Estes direitos vão dês de o direito à vida e de conservá-la e defendê-la seja buscando alimentos para sua sobrevivência, seja defendendo-se de agressões injustas, à perfeição do próprio ser na sua dupla dimensão corporal e espiritual, direito de propriedade, de domínio e potestade do homem sobre os seres inferiores. Sendo o homem é um ser social por natureza a finalidade da sociabilidade é o bem comum. A finalidade do bem comum dirige e condiciona o exercício da potestade civil. O homem particular se dirige pela inteligência pessoal e a sociedade se comanda pela razão coletiva em razão do bem comum.

Um dos seguidores das ideias de Francisco Vitória foi Francisco de Suarez, também conhecido como Doutor Exímio, defende a idéia de que os homens no principio eram sozinhos sem nenhum deles tendo poder sobre os demais, se uniram e formaram um copo político que foi investido de poder por Deus. Os particulares juntos têm mais poderes do que o rei só. Por este motivo a soberania não reside no rei, mas no povo inteiro, que a traspassou para ele, e por isso mesmo pode retirá-la de novo, caso o rei governe de modo tirânico. Os homens formam um império humano, acima de todas as fronteiras. Esta idéia constitui a base do direito de gentes. Os preceitos do direito de gentes são preceitos que a razão extrai dos princípios da lei natural


O “Direito de gentes” e sua contribuição para a defesa dos índios da América

Os índios eram vistos como animais sem almas podendo desta forma ser mortos e dominados indiscriminadamente. O direito de gentes vai contra isso estabelecendo que todos os índios são seres humanos como os seus conquistadores, dessa forma mesmo sendo pagãos eles tem alma e seus direitos devem ser respeitados assim como os dos outros homens. Suarez defende amplamente os direitos da pessoa. As guerras coloniais só podem ser lícitas se não servem à exploração, mas à elevação da humanidade. Todos os homens nascem livres por natureza. Então o direito de gentes busca reconhecer a autonomia de todos os seres humanos, propondo que ajam acordos somente onde ocorra o benefício mútuo. Tendo sido as idéias dos dois filósofos acima extremamente importantes para suscita o debate sobre os direitos humanos. O direito de gentes distingue-se do direito natural, porque ele não se funda na necessidade teórica, mas na livre convenção; e do direito civil porque não regula a conduta do cidadão dentro do Estado, mas a relação dos Estados entre si.



O conceito de soberania


De acordo com Jean Bodin, Soberania refere-se à entidade que não conhece superior na ordem externa nem igual na ordem interna. Entende-se por soberania a qualidade máxima de poder social através da qual as normas e decisões elaboradas pelo Estado prevalecem sobre as normas e decisões emanadas de grupos sociais intermediários, tais com: a família; a escola; a empresa, a igreja, etc. Neste sentido, no âmbito interno, a soberania estatal traduz a superioridade de suas diretrizes na organização da vida comunitária.

Relaciona-se a poder, autoridade suprema, independência (geralmente do Estado). É o direito exclusivo de uma autoridade suprema sobre uma área geográfica, grupo de pessoas, ou o self de um indivíduo. A soberania sobre uma nação é geralmente atributo de um governo ou de outra agência de controle política; apesar de que existem casos em que esta soberania é atribuída a um indivíduo. A soberania se manifesta, principalmente, através da constituição de um sistema de normas jurídicas capaz de estabelecer as pautas fundamentais do comportamento humano. No âmbito externo, a soberania traduz, por sua vez, a ideia de igualdade de todos os Estados na comunidade internacional.

O conceito "soberania" é teorizado pelo francês Jean Bodin (1530-1596) no seu livro intitulado Os Seis Livros da República, no qual sustentava a seguinte tese de que todo o poder do Estado pertence ao Rei e não pode ser partilhado com mais ninguém (clero, nobreza ou povo). Jean-Jacques Rousseau transfere o conceito de soberania da pessoa do governante para todo o povo ou sociedade de cidadãos. A soberania é inalienável e indivisível e deve ser exercida pela vontade geral (soberania popular).

A partir do século XIX foi elaborado um conceito jurídico de soberania, segundo o qual esta não pertence a nenhuma autoridade particular, mas ao Estado enquanto pessoa jurídica. A noção jurídica de soberania orienta as relações entre Estados e enfatiza a necessidade de legitimação do poder político pela lei.



A construção da Usina de Belo Monte


A construção da Usina de Belo Monte fere a soberania dos povos indígenas. A usurpação dos direitos dos povos indígenas vem se constituindo como uma prática recorrente desde o início da colonização.

Se houvesse um gerenciamento adequado da energia que é desperdiçada seria aproveitada. Não estamos caminhando de acordo com um projeto de desenvolvimento sustentável. A fronteira da floresta vem sendo empurrada e essa é a ultima trincheira de defesa da Amazônia. O progresso proposto pelo modelo de desenvolvimento expansionista e predatório favorece aceleração não do crescimento, mas da destruição.

sábado, 9 de abril de 2011

LORD VOLDEMORT E O MASSACRE EM REALENGO

Lord Voldemort é um nome que não deve ser pronunciado no mundo nos bruxos. Chamado de aquele-que-não-deve-ser-nomeado, o vilão da série Harry Potter (cujo final eu ainda não li), é assim chamado, pois todos crêem que quando seu nome é dito o vilão se fortalece, ou se aproxima. Essa semana um rapaz cometeu um atentado absurdo. O que ele fez é imperdoável e injustificável, mas compreensível se olharmos a realidade com o olhar distorcido que esse assassino olhava.
Quando eu freqüentava a escola e sofria bullying delirava e fantasiava a morte de todos os meus agressores para aliviar o sofrimento. Esse rapaz do massacre em Realengo, que não deveria ser nomeado, provavelmente viveu o mesmo. A diferença é que ele veio de um lar mais desestruturado do que aquele de onde saí, é claro que isso por si só não explica nenhum dos seus atos. O que quero dizer é que naquela época, antes mesmo do massacre de Columbine acontecer, e da banda larga que facilitou o acesso a informação, eu me perguntava: “Será que sou o único a sofrer esse tipo de violência?” Como as outras pessoas que passam pelas mesmas situações aguentam isso e não pegam uma arma e saem matam todas as pessoas que odeiam?”. A resposta veio com o tempo e logo esse tipo de crime passou a ser comum principalmente nos EUA. Enquanto que direcionei a minha vida e fiz do meu trabalho tentar compreender o incompreensível esse rapaz, que não deve ser nomeado, decidiu permanecer um incompreendido. Mas o que mais o movia era o desejo de construir uma identidade social. Essa identidade lhe foi negada no período escolar. Seja porque ele se excluía ou era o excluído e adotou esse rótulo.
Na sociedade midiática onde todos tentam aparecer de alguma forma a destruição de algo precioso como a vida de crianças inocente transforma um Zé-Ninguém em celebridade da tarde para a noite. Ele se mata e deixa um rastro de destruição para deixar de ser anônimo. Ele não queria só morrer queria aparecer. Seu ato repercutiu e ele se tornou uma pessoa pública seu nome é publicado em todos os jornais, sua vida é investigada em seus mínimos detalhes, quem o ignorava passa a falar sobre ele. Ele cria uma história. Ele vira história. De um nada passa ele passa a ser o autor do maior massacre em uma escola brasileira. A mídia fala seu nome e o liga a outros assassinos do mesmo tipo que surgiram em países mais desenvolvidos e o maior talento do assassino não foi a pontaria certeira e os disparos preciso que acertaram cerca de trinta tiros na cabeça e no tórax de meninas e meninos. Seu maior mérito não foi matar doze. Seu maior mérito foi se transformar em uma pessoa famosa, ele queria isso, esse é seu plano maligno. E quanto mais notícias são publicadas sobre ele, quanto mais escrevem e pensam sobre ele. Mais seus delírios megalomaníacos e grandiloquentes se realizam. Quando finalmente fizerem um filme sobre ele, o sucesso do seu plano terá sido completo ao criar uma identidade e passar a ser reconhecido. Por isso defendo em repúdio aos seus atos que ele nunca mais seja nomeado. Se a construção de uma identidade era o que ele queria. Isso não pode ser dado a ele, pois é como conceder-lhe um prêmio de bons serviços prestados. A impressa naturalmente ama esse tipo de maluco. Eles têm um trabalho fácil. Muita gente chorado para mostrar na TV e centenas de testemunhas com uma história triste para contar. Todos em casa ficam com medo e passam mais tempo dentro de casa. Isso aumenta o consumo e acaba sendo bom para a economia e o autor do massacre em Realengo se transforma no mais novo vilão das cônicas policiais nacionais. E falar tanto dele não gera só medo na população normal. Gera também inveja em todos os esquizitões, desprezados, humilhados e mal amados que sonham em um dia ser algo. Já que é melhor ser qualquer coisa do que não ser nada. É melhor o desprezo que a indiferença.
Num mundo de tantas câmeras não ser registrado, fotografado ou comentado é o pior dos castigos. Bem, um dia, um desses esquizitões, vítimas de bullying, vai querer ser lembrado também e como todo mundo conhece o nome deste que não deveria ser nomeado. A obra do doidão será finalizada quando ele se tornar o exemplo a ser seguido por aqueles que se identificam com ele, e isso irá gerara um sucessor e assim, surgirá um filho do seu ódio, e mais uma vez a história se repete com a ajuda da mídia, que o deixou mais famoso do que deveria. Crianças choram e morrem. E mais uma vez todos irão se perguntam por que ele fez isso? A resposta é essa: ele fez isso porque queria ser alguém. Por isso negar sua identidade deveria ser o seu castigo. As vítimas devem ser lembradas, mas a história do assassino não deveria ser escrita. Caso contrário, outros irão imitá-lo competindo nesse jogo sádico de assassinos de quem mata mais e assim subir no ranking nacional.

domingo, 13 de março de 2011

SUSHI DE FEIJÃO


SUSHI DE FEIJÃO


Meu amigo José, um dia durante um trago, me veio com a ideia. Eu estava tentando convencê-lo a experimentar sushi. Ele disse que não gostava nem da ideia de comer peixe cru. Ai de brincadeira falou “não dá para fazer um sushi de feijão, por exemplo?” No começo eu achei que a ideia era uma loucura, mas depois eu pensei melhor e disse que era possível. Aí ele começou a falar como ficaria bom com uma linguicinha no meio no lugar do peixe. Fizemos uma aposta eu disse que prepararia o sushi de feijão se ele depois comesse o sushi de verdade. Isso fazem algumas semanas. Ontem a noite fiz a experiência e não é que ficou bom. O proto também poderia ser chamado de “rocambole de feijoada” o nome surgiu antes do prato então segue abaixo a receita dessa fusão da estática da culinária oriental com os sabores da culinária brasileira.

INGREDIENTES:

- ½ Kg de feijão vermelho.
- uma cebola média
- meia cabeça de alho.
- duas pimentas dedo de dama
- 8 linguiças calabresas fininha
- 400g de bacon
- 3 ovos cozidos
- um molho de couve bem fresca
- sal e molho de pimenta a gosto
- farofa para acompanhar
- palito de dente


PREPARÇÃO

Pique a cebola o alho e a pimenta. Cozinhe o feijão e acrescente o alho a cebola e a pimenta. Quando o feijão estiver no ponto tire todo o caldo e reserve em um pote separado. Esmague o feijão com um garfo até virar uma pasta acrescente sal e molho de pimenta a pasta até ficar do seu agrado. Regue com um pouco da água do feijão até adquirir a consistência necessária.

RECHEIO
Cozinhe os ovos em água fervente e depois tire a casca e pique. Frite o bacon em cubos bem pequenos. Não é necessário acrescentar óleo a própria gordura do bacon irá derreter e fritará a carne. Retire o bacon e deixe a gordura na frigideira para fritar as linguiças calabresas. Deixe as linguiças calabresas e o bacon separado para rechear.
Lave bem a couve deixe secar.

O PRATO
Para enrolar use a folha de couve como a alga do sushi e deite a folha em uma esteira de bambu para enrolar. Coloque uma camada fina com a pasta de feijão sobre metade da folha escolha o recheio que pode ser linguiça, banco, ovo cozido ou todos eles juntos e enrole a folha com um sushi normal. O segredo está no final. Como a couve não tem a mesma liga e não gruda com a alga. É necessário usar o palito de dente para prender a folha no final. Depois é só cortar na espessura de cerca de um dedo e servir. Para acompanhara você pode usar farofa, molho de pimenta, e até raiz forte, whasabi. Shoyu também pode ser usado, mas lembre que o feijão já está temperado nesse caso, não use tanto sal no início caso contrário ficará muito salgado no final. E se quiser servir o feijão quente apensas coloque os rolinho já cortados no micro ondas por trinta segundos. Mas a pimenta pode dar a sensação de calor que você precisa.
Isso pode parecer uma loucura, mas disseram a mesma coisa ao barão de Sandwich quando ele inventou o sanduíche.
Aí está. Em breve voltaremos com o Churrasco de Carne de Soja não perca!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Polícia entra em confronto com manifestantes durante greve geral na Grécia



Foto:Angelos Tzortzinis / AFP

Os protestos no mundo todo seguem violentos desta vez apesar do Líbia estar em grande mobilização a imagem mais impressionante do dia vem da Grécia.
Veja o video com o policial sendo atingido em: BBC Brasil