sábado, 17 de maio de 2008

Parceirinho


Sempre quis um parceirinho. Essa semana subi o morro. Desci já loco pra sair queimando. Meu brinquedo dá a mesma sensação de dirigir um carro em alta velocidade. Faz o sujeito se sentir home. Essa noite eu vou apagar alguém. Não pode ser ninguém conhecido. Preciso matar pra saber se tenho coragem. Na hora H eu não posso amarelar. Hoje vou saber se quando um vagabundo chega pra me metê vô ter culhão para despachar o infeliz. Pode ser qualquer um, um mendigão tá bom. Descarrego o tambor e saio correndo. Posso fingir um assalto e matar um playboy, ou robo ele mesmo, depois de morto. Bom seria pegar um paty dessas que nunca ia me dar. Toma vagabunda pei-pei-pei, bem no melão. Gastou mais de uma barão em plásticas e agora já era. Se fudeu! Qualquer um, eu posso apagar qualquer um. Eu estou com o poder em minhas mãos. Entro no buzão com a mão coçando, loco pra fazer uma besteira. Aqui não, tem muita gente. Quando fizer vai ser bem de cantinho. “Passa a mochila magrão”, anuncia o pivete do banco de trás com a faca no meu pescoço. “Bem quietinho”. Puta que pariu! Passo tudo com o cú na mão. Ele mexe e já está com minha arma na mão. “Tu é da policia porra!” “Não sô não, só fui...” termino a história deitado no chão ensanguentado, sem ter usado meu canhão.

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