Tenho, intencionalmente, me
omitido a falar publicamente sobre a política nacional ao longo dos últimos dois
anos. Mas resolvi que é hora de interromper meu silêncio e me inserir no debate
que toma conta do Brasil.
O depoimento de Lula ao juiz
Sérgio Moro tem causado amplas reações no país. O ex-presidente sofre visivelmente
uma perseguição da mídia que busca culpabilizá-lo antes da decisão final da
justiça.
Lula não é anjo nem demônio. Por
mais que a elite branca procure fazer todo esforço possível para
desmoraliza-lo, não se pode condenar o ex-presidente antes da hora. Nem tão
pouco endeusa-lo, como fazem os petistas. Ele é ser um humano e como qualquer cidadão
deve possuir amplo direito a defesa das acusações que tem sofrido.
Alguns de seus feitos sociais inegavelmente
foram gloriosos, mas a maneira com que eles foram “construídos” é condenável.
Sem sombra de dúvidas Lula é
culpado de alguma coisa. Mas de que? Talvez o seu maior crime seja a incompetência.
Se Lula não tem culpa dos crimes cometidos durante seus governos, ele é
culpável por se aliar a um grupo de criminosos que o cercava.
Se ele sabia dos crimes que aconteciam em
seu governo ele é cúmplice, se ele não sabia é um ignorante.
E o governante
máximo do país não pode ser nem uma coisa nem outra, nem conivente, nem incapaz
de perceber as atrocidades que acontecem durante seu governo.
Lula se apresenta como um pré-candidato
para as próximas eleições. Mas mesmo que Lula não se torne inelegível, ele não
merece ser eleito porque durante seu governo inúmeros atos de corrupção, já
comprovados pela justiça, foram praticados por seus aliados.
A tendência natural é que aqueles
destituídos do poder tendem a querer se vingar daqueles que o perseguiram. E o
ex-presidente se reeleito fosse dificilmente fugiria dessa tendência. Um novo
governo do PT, portanto, seria um desastre e se tornaria uma caça-as-bruxas. Sem
sombra de dúvidas a esquerda não possui uma alternativa viável. Por isso se esforça
em depositar suas esperanças em um político que não merece mais credibilidade.
Mas a verdadeira condenação ou
absolvição será feita no seu devido tempo, nas urnas em 2018, elas darão o
veredito.
O texto acima manifesta a opinião
de um proletário branco esclarecido.
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