Porto
Alegre é uma cidade relativamente pequena. Andando pela Cidade Baixa nós sempre
acabamos encontrando alguém conhecido. Esses encontros geram novos encontros,
pois quando estamos acompanhados acabamos apresentando amigos aos amigos que
encontramos pelo caminho e a coisa vai por esse lado.
Ontem
aconteceu uma situação engraçada. Duas pessoas que já deveriam se conhecer, mas
não se conheciam acabaram se encontrando.
Uma
amiga e eu estávamos de boa sentados em uma café da República esperando para
fazer um pedido. A minha amiga, formada em psicologia havia acabado de sair de
uma prova para seleção de mestrado e estava desolada, pois achava que tinha ido
muito mal na prova de línguas. Enquanto aguardávamos a garçonete nos atender uma
conhecida minha que eu já não via há muito tempo passou e me olhou com aquela
cara de "eu te conheço de alguma lugar, mas não lembro bem de onde."
Não precisou de mais do que alguns segundos para que lembrássemos que
costumávamos nos encontrar nos meetings
do Couchsurfing
em 2009. Depois disso, eu saí de Porto e nunca mais nos vimos pessoalmente.
A
conversa foi tímida no início. Minha amiga elogiou o vestido da garota que
havia chegado e as duas começaram a conversar. Pronto, não precisou mais do que
alguns minutos para que as duas se identificassem. Eram praticamente duas almas
gêmeas separadas pelo destino até aquele momento que acabavam de se encontrar. As
duas são formadas em psicologia, trabalham na mesma Universidade em
departamentos diferentes, conheciam as mesmas pessoas, colecionam os meus tipos
de objetos, tem predileções pelos mesmos tipos de filme e tem as mesmas ideias
sobre qual negócio montariam para ganhar dinheiro. Enfim, uma porção de pontos
de convergência. Quantas vezes aquele encontro não foi possível, entretanto
nunca se concretizou? Para completar, o namorado da garota do CS ainda era o
melhor amigo do cara que havia morado um ano na casa da minha amiga.
Saímos
do café, fomos na casa dela, conhecemos o namorado, bebemos cerveja, tocamos
gaita, brincamos de carrinho de controle remoto, atropelamos o boneco do Freud,
trocamos dicas de fotografia, contei algumas histórias de viagem e falei sobre
a vida no navio em que trabalhava. Depois algumas horas de diversão por lá,
minha amiga e eu saímos para não atrapalhar ainda mais os planos daquela noite
do casal. E assim, de maneira espontâneas duas pessoas com gostos tão
semelhantes se reconheceram. Espero que esse tenha sido apenas o início de um
boa amizade entre as duas.
2 comentários:
Historia bonita...
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